quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

XI - Ilhas Britânicas - início

Na hora marcada , o ônibus paulista, comandado pelo guia Dalmo tomou o rumo de Southampton (a Hampton do Sul) para o embarque no transatlântico, Crown Princess, dando início a nosso esperado cruzeiro.
A movimentada estrada é bastante moderna e em muitos trechos onde passa por pequenas localidades, conta com as barreiras de som, artifício ecológico que impede que o barulho do agitado trãnsito incomode os moradores locais. Passamos por alguns trechos muito aprazíveis e vimos entradas de cidades conhecidas como Gattwik onde se encontra o novo aeroporto londrino e Portsmouth, o principal porto inglês, devastado durante a segunda guerra mundial. Após 1,5 hs. de viagem, finalmente chegamos a Southampton.
Um dos principais portos ingleses, teve importância fundamental quando dali partiram importantes navios, como foi o caso do Lusitânia que foi afundado pelos alemães na primeira guerra mundial, fato que foi o estopim da entrada dos Estados Unidos nesse conflito, já que muitos cidadãos americanos se encontravam a bordo e foram assim covardemente mortos.
Outro navio famoso que partiu desse porto foi o Titanic em 1912, tragicamente afundado ao colidir com um iceberg. Essa famoso naufrágio foi eternizado no famoso filme “ Titanic”, dirigido pelo grande cineasta James Cameron, vencedor de vários prêmios Oscar. Esse filme consagrou a dupla romântica Leonardo diCaprio e Kate Kinslet. Mais tarde o consagrado diretor nos brindou com o revolucionário filme “Avatar”, um marco na indústria cinematográfica.
Southamton apesar ter sido intensamente bombardeada na segunda guerra mundial, ainda guarda traços de sua estrutura medieval, como os restos da muralha romana que corta parte da cidade.
O porto hoje é a principal saída dos muitos cruzeiros marítimos que dali partem para inúmeros roteiros.
Quando chegamos ao píer o ônibus carioca já tinha desembarcado seus passageiros que foram encaminhado para o devido check in.
No nosso caso, passamos por desnecessário estresse, principamente nosso guia, Dalmo, pois parte de nossa bagagem foi levada a esteira de acesso ao navio, sem as malas terem sido devidamente etiquetadas, o que tornaria impossível seu encaminhamento as devidas cabines.
Contornado o problema, finalmente fomos encaminhados ao setor do porto para o devido check in, que se revelou algo complexo dado o elevado número de passageiros, cerca de 3800, das mais variadas nacionalidades.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

X - Ilhas Britânicas - Londres - relato final

Na noite anterior de nossa partida resolvemos sair para algumas compras e nos dirigimos á loja de departamentos Boots da Gloucester Road. Alí adquirimos alguns souvenirs e passamos para shopping ao lado onde jantamos saborosas massas regadas á água italiana San Pelegrino. Os atendendes eram extrovertidos italianos que nos deixaram bastante á vontade.
Na manhã seguinte, dia de nossa partida para Southampton, de onde partiria o navio Crown Princess rumo ao esperado cruzeiro, levantamos cedo para efetuarmos nosso derradeiro passeio da estada em Londres.
O dia amanheceu chovendo e tivemos oportunidade de louvarmos nossa providência de trazer um "umbrelo" em nossa bagagem. Mais algumas compras de última hora e chegou a hora de nosso embarque.
Tivemos então oportunidade de nos encontrar com a senhora que havia sido acidentada na porta giratória do hotel.
Tratava-se de uma senhora de Florianópolis que viajava em companhia de uma filha.
Soubemos que foi muito bem atendida em hospital londrino e o atendimento não foi oneroso, já que a assistência médica inglesa é gratuita e de primeira qualidade. Nem seguro viagem precisou ser acionado.No local fraturado, clavicula, foi colocada faixa com a recomendação de que não fizesse maior esforço, porém sua viagem foi autorizada.
O staff do hotel prestou toda a cobertura, talvez preocupados com possível pedido de indenização, já que a porta realmente é perigosa, principalmente para pessoas de idade.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

IX- Ilas Britânicas- Ainda Londres

Após breve descanso no hotel, retornamos á principal rua comercial de Keysington para o almoço. Segundo nosso guia espanhol, a comida mais típica dos londrinos, equivalente ao nosso feijão com arroz é o popular " fried and chicken", encontrado na maior parte dos restaurantes. Optamos por um, servido por garçons indonésios e o prato se revelou para nós, ser bastante saboroso: um imenso peixe, salada e uma porção de fritas. Sentamos ao lado de uma família portuguesa, com a qual travamos agradável conversação.
Em seguida nos dirigimos á rua dos museus, passando por várias embaixadas e por casas vitorianas com belíssimas floreiras multicoloridas.
Optamos por conhecer o Museu de História Natural e quase desistimos ao nos depararmos com as imenas filas. Na Inglaterra os museus são gratuitos e famosos por sua grande qualidade, o que explica o grande fluxo de turistas.
Já escolados, usamos o expediente de nos dirigirmos a uma jovem fiscal e inocentemente lhe perguntamos se pessoas na terceira idade não tinham preferência para entrar.A jovem estranhou, já que havia muitos idosos na fila, porém nos introduziu no museu.
Usamos semelhante artificio ao utilizado, para tirarmos nossos novos passaportes, pois os antigos estavam vencidos.Como o sistema de se marcar pela internet se revelava inviável, pois não conseguiamos datas de atendimento, nos dirigimos "com a cara e a coragem" e documentos, ao posto do Shopping Ibirapuera. Ali perguntamos a simpático atendente se não teriamos preferência por sermos idosos. O rapaz perguntou se tinhamos pago a taxa obrigatória e nos instruiu que fizessemos no posto bancário do shopping e retornassemos em seguida, o que fizemos e em cerca de meia hora saimos com o protocolo para retirarmos nossos passaportes, após uma semana. Nesse caso os horrores da idade tiveram sua compensação.
O mesmo ocorreu quando tiramos o visto no consulado americano, quando a idade também nos beneficiou. Isso,após enfrentarmos imensa fila tendo como companhia a famosa ex-chacrete, Rita Cadilak.A se lamentar que nosso visto teve a validade de 5 anos sendo que uma semana após a validade passou a ser de 10 anos.
O museu é imenso, e exibe ossadas de animais pré-históricos e muitas outras atrações do mundo animal, dando grande destaque ao grande criador da Teoria da Evolução das Espécies, Charles Darwin e seus seguidores. Bastante cansados desistimos de visitar outros museus, o que deixamos para outra oportunidade.
Fomos então até uma casa de câmbio objetivando trocar nossos "travellers" o que se revelou frustrante, após o atendente verificar nossos cheques. Optamos então, por comprar libras esterlinas com nosso cartão, já que teriamos que utilizá-las em outros países que constavam de nossos roteiro. Fizemos então algumas compras, inclusive as imprescindíveis águas minerais e nos acostumamos com os preços salgados, para nosso bolso. Quase nada custa menos de três ( quer sejam libras esterlinas ou pounds com dizem os ingleses, ou euros ou dólares).Para não ficarmos nervosos quando viajamos, precisamos esquecer as conversões em nossa moeda, mesmo considerando a grande valorização de nossa moeda.
Passamos então por uma confeitaria onde nos deliciamos com saboroso café, com uma torta de frutas típica. Maravilhosa massa cremosa, entremeada com morangos e blueberry.
Retornamos ao hotel para um merecido repouso, porque mesmo pagando em pounds, ninguém é de ferro...
Procuramos nos distrair com a TV, porém a programação inglesa e mesmo as estrangeiras, á cabo, não apresentavam programação de interesse. Jogos de cricket, notíciários locais, rugby, filmes, etc, não atrairam nossa atenção.
Salvou-se apenas meu rádinho,que sintonizado em FM, local deu-nos a oportunidade de ouvirmos boas músicas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

VIII- Ilhas Britânicas - Londres

A entrada em Londres se transcorreu sem maiores transtornos. No aeroporto fomos recebidos por duas guias facilitadoras locais, uma espanhola que ficou com o grupo carioca e uma mineira, falsa loira, que se revelou de uma ineficiência total. Durante todo o traslado entabolou conversa com as viajantes de Belo Horizonte e não se dispôs a dirigir quaisquer informações aos demais viajantes.
Chegamos ao hotel Holliday Keysington e a guia espanhola tomou a iniciativa de todas as providências.
O hotel foi uma bela surpresa. Excelente localização, num dos principais bairros da capital londrina, tinha apartamentos amplos, confortáveis, com todas as comodidades: TV a cabo, refrigerador,secadora e ótimo banheiro. Este inclusive dotado de varal que nos convidava a manter nossas camisetas,meias e roupas íntimas sempres limpas. As instalações comuns do hotel também era ótimas, principalmente os refeitários, pool aquático,pub, bares, sauna, salão de beleza, lojas, internet, salões de conferências e demais comodidades. Os encarregados dos serviço de portaria e os camareiros também eram gentís e muito competentes.
Referência especial ao excelente café da manhã, sistema buffet,muito variado, recepcionado por simpáticas atendentes de origem oriental. Aliás no hotel, como em toda Londres, lojas, casas de câmbio, hotéis, restaurantes, bares,etc, são mantidos por funcionários de outras nacionalidades, notadamente, indianos,paquistaneses,norte-africanos, caribenhos, indonésios, etc. Parece que os ingleses não se dispôe a executar trabalhos subalternos.
O hotel de origem americana, parece manter sempre lotação total e chama á atenção as tripulações das aeronaves de várias empresas que alí costumam se hospedar.A se registrar a faixa etária dos comandantes,equipe técnica e comissárias, algo avançadas.
Instalados, de banho tomado, embora bastante cansados,resolvemos fazer uma volta de reconhecimento pelo bairro. Constatamos ser uma região com muitos e bons hotéis, de várias bandeiras e com instalações em estilo vitoriano ou georgiano, não muito altas, mas de arquitetura muito bonita.Neste aspécto nosso hotel destoava com sua imponente estatura.
A cerca de 200 metros chegamos na área comercial do bairro Keysington com muitos bares, restaurantes, lojas e casas de câmbio. Numa pracinha, Irene se deparou com extravagante senhora judia que distribuia milho para uma multidão de pombos que a rodeava. Após uns bons 15 minutos de esquisíta conversação, consegui que Irene se dispusesse a prosseguir o passeio.
Á poucos metros dalí se situa a estação do "underground", metrô, estação Gloucester e ao lado uma espécie de shooping center, com restaurantes, lojas, cafés, bares, farmácia e casas de câmbio e mais para a esquina uma loja da famosa rede Boots, considerada uma das mais populares de Londres.
Do outro lado da rua, cheia de restaurantes e lanchonetes, chamou-me á atenção uma loja da rede Kentucky Fried Chicken, para mim de saudosa memória, já que o estabelecimento da Avenida Paulista, que costumava frequentar, fechou suas portas.Fã do frango frito na mesma, carro chefe da rede, convenci Irene e me deliciei com farto consumo daquela iguaria.
A seguir, prosseguimos nosso passeio e retornamos ao hotel, pois o cansaço era grande.
Na manhã seguinte, antes de sairmos para o "city tour" programado, resolvemos conhecer outras ruas do bairro,e nos deparamos com bonita igreja, bastante antiga.
Na hora marcada para a saída do passeio, inesperado incidente atrasou nossa partida. A porta principal do hotel tinha o sistema giratório e era bastante rápida, sendo que uma senhora do grupo ficou presa, caiu e fraturou a clavícula.Imediatamente socorrida por membros do grupo e do hotel, principalmente por jovem médica, a mineira de Belo Horizonte, foi encaminhada a hospital para a devida assistência.
Nosso guia Dalmo se encarregou de acompanhá-la. Para substitui-lo no tour foi contratado guia local, um espanhol que se revelou bastante competente.Como curiosidade registre-se que como todo espanhol, costumava dizer o nome dos reis, políticos e figuras da história traduzidos para seu idioma pátrio.Assim o principe Charles era Carlos, Edward, Eduardo, a rainha Elizabeth, Izabel,Diane, Diana, Mary Stuart, Maria Estuarto e assim por diante...
O tour foi bem interessante e passamos pela área histórica, pela medieval,parques e os principais pontos turísticos da cidade, como a Torre de Londres,o Tãmisa, a Prefeitura,a Trafalgar Square, a famosa Harrods ( recentemente vendida pelo pai do ex-noivo da princesa Diane, Dodi) museus, a catedral de Saint Paul, local do casamento de Charles e Diane, o Parlamento, com o famoso Big Ben. Na verdade o famoso relógio, cuja réplica em tamanho menor, vemos na estação da Luz em São Paulo, ficou conhecido como Big Ben, sendo que o sino dentro do parlamento é que recebe esse nome.
Visitamos também a famosa roda gigante, a Catedral de Westminter e o Palácio do mesmo nome, onde assistimos a famosa troca da guarda, juntamente com uma multidão de turistas de todos os matizes e nacionalidades.
O grupo no final do passeio foi deixado na Oxford Street e suas poderosas lojas.
Em nosso retorno atravessamos o Hyde Park e o Green Park e retornamos ao hotel passando pela avenida em que estão situados os principais museus da capital londrina e várias embaixadas de países exóticos.

sábado, 20 de novembro de 2010

VII- Ilhas Britânicas - Conexão em Paris

A conexão em Paris se revelou uma pequena odisséia, somente atenuada pelo fato de estarmos ainda na ida, com grandes perspectivas de dias muito agradáveis e reveladores.
O Aeroporto Charles de Gaulle é enorme e somente viajantes experientes conseguem se movimentar pelo mesmo sem uma boa dose de estresse.
No caso tivemos que nos movimentar do portão de entrada na ala internacional e nos dirigir ao longínquo portão onde tomariamos nossa conexão para Heathrow, em Londres.
O "check in" de entrada em Paris é bastante rigoroso. Tivemos que tirar sapatos,malhas, exibir objetos dos bolsos e passar por detetores de metais. Vários pertences de companheiros de viagem foram retidos e no nosso caso tivemos de entregar nossas garrafas de água mineral, que tinhamos reservado para nossos medicamentos.
Interessante é constatarmos que dentro de nosso grupo surgiu um rapaz esquisito, andrógino que nos pareceu que se emiscuiu, para passar desapercebido e passar pela alfãndega. Não foi mais visto.
Vencida essa etapa. após longo trajeto em que passamos por três escadas rolantes, uma comum e uma longa esteira, chegamos a um trenzinho que nos levou até o terminal para o "check in" do voo para Londres.
Ao efetuarmos a apresentação de nossa passagem, uma atendende num francês acelerado, criou um clima, dando a entender que estávamos em assentos exclusivos de passageiros que dominassem fluentemente o francês e o inglês, uma vez que aqueles lugares se localizavam junto as portas de emergência. Embora Irene domine o idioma francês e nos viramos em inglês, a francesinha se mantinha irredutível e somente com a interferência do guia Dalmo, o problema foi resolvido. Interessante que os lugares foram escolhidos pelo atendente da Air France que fez o check in no aeroporto de São Paulo. NO avião o comissário de segurança da tripulação estranhou o comportamento de sua colega do aeroporto, já que os controles são de sua responsabilidade e que estávamos perfeitamente aptos para ocuparmos os referidos assentos, que repetimos não solicitamos.
Localizado o portão de embarque para nos preparamos para a longa espera.
Resolvemos então trocar alguns "travellers checks" por euros e nos dirigimos a uma casa de câmbio. Perguntamos se poderiamos trocar nossos checks por euros e a atendente, uma jovem de aparência indiana informou que não haveria problema , pediu nosso passaporte e solicitou que assinassemos os cheques. De posse dos mesmos a atendente fez uma ligação, consultou uma colega e retornou informando que não poderiam efetuar a transação e que nos dirigíssemos a um banco.( Meus "travellers", sobras de outras viagens, eram do Citicorp em associação com o Banco Itaú).
Compramos lanches e algumas caríssimas garrafas de água mineral e fomos servidos por garçonetes provindas de algum país do norte da África.
Constatamos com alguma surpresa que alguns passageiros, já aguardando chamada para embarque, traziam além de suas bagagens de mão. graciosos cãozinhos, o que nos levou a crer, que são permitidas esses simpáticos "acompanhantes" junto com seus donos.
Acomodados na sala de espera passamos a conhecer alguns colegas de excursão. Constatamos que três casais eram os representantes de nossa cidade.
Eram eles, Sr. Milton, um magistrado aposentado. que exerceu importantes cargos em nosso Judicíario.De aspécto jovial e físico invejável, não parecia ter a idade de 90 anos.Sua esposa Luzia, bastante simpática e comunicativa logo entabolou descontraida conversa com Irene.
O outro casal paulistano era o Sr.Hélio, economista, alto funcionário do Banco do Brasil, aposentado, que inclusive exerceu funções por alguns anos na China e sua esposa Leni, também ex-funcionária do Banco do Brasil.
Interessante que após nosso retorno, os encontrei por várias ocasiões em concertos de música clássica, aos domingos no Centro Cultural São Paulo e mensalmente em concertos da banda Sinfônica de São Paulo, no Auditório da FIESP.
Como se vê, casal de bom gosto.
Além dos baianos e das irmãs cearenses já mencionadas, conhecemos um casal de Brasilia, mãe, filha e amiga vindas de Belo Horizonte,um casal do Espirito Santo, uma senhora gaucha e um grupo de 27 passageiros oriundos de Santa Catarina, que viajaram em outra aeronave. Essa turma se constituia no grupo de São Paulo, sob o comando do guia Dalmo.
Em contato com alguns desses passageiros constatamos que alguns receberam correspondencia da Transmundi oferendo passeios opcionais que poderiam ser reservados e pagos no Brasil em euros.Ficamos desapontados com essa falha de nossa agência uma vez que nada recebemos e porque não estavamos providos de euros suficientes e nossos "travellers" tinham se transformado num grande mico.
Outra falha da promotora da viagem foi apenas nos informar das paradas do navio, sem mencionar os locais que poderiam ser visitados. Assim descobrimos que no porto escocês de Greenock poderiamos conhecer o famoso Loch Ness, bem como a cidade de Glasgow.Na parada de Invergordon o opcional nos levaria á imperdível, Edimburgo, a belíssima capital da terra do whiskey.
Uma das importantes providencias que tomei antes da saída para a viagem foi xerocar toda a documentação, com roteiros, endereços de hotéis, cópias de passagem e entregá-los a minha filha Vivian e meu irmão Nildo, meus contatos de São Paulo.
Conhecemos também o simpático guia Coutinho, responsável pelo grupo do Rio de Janeiro, que chegou em outro voo e se reuniu conosco para a viagem à capital inglesa. O total de excursionistas passou a ser de 75.
Após voo tranquilo de cerca de 1,5 hs chegamos finalmente a nosso destino,
depois de termos chegado a Guarulhos as 12 hs de 7/8 e desembarcarmos em Londres as 17hs de 8/8, sendo o relógio atrasado em uma hora, pois o fuso horário em Londres era de 1 h a menos.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

VI-Ilhas Britânicas-Encontros nostálgicos

Viagens são excelentes oportunidades para nos confrontarmos com lembranças armazenadas nos mais ocultos rincões de nossa mente
Às vezes acontecimentos fortuitos servem de estopim para lembranças de fatos ocorridos, que de outra forma permaneceriam desapercebidos.
Assinante da TV por assinatura há algum tempo, descobrí que o canal 141 da NET que hospeda a emissora étnica TV 5, Francês para a América Latina, com programação francesa, canadense e belga, passou a apresentar parte de sua programação legendada,principalmente no horário das 20,30 hs. (21,30 no horário de verão).
São ótimos documentários como os "Des racine et des ailles" em que são retratadas regiões da França e das antigas colonias africanas, excelentes séries que nos abstraem das mesmices americanas ou filmes cuja tematica em geral são os antigos, onde revemos Jean Paul Belmondo, Jeam Gabin, Caterine Deneuve, etc. e outros com temas em que se abordam histórias da França clássica, das guerras mundiais e a heróica resistência ou assuntos atuais, como os conflitos com as antigas colonias e seus emigrantes.
Dias atrás vendo o filme " A idade do lobo" em que a personagem, uma mulher algo acima do peso, se vê apreensiva com seu marido, ainda em boa forma e pronto a dar algumas "escapadas". Profissionalmente nossa heroina trabalha numa TV num programa de entrevistas e numa delas participa a antiga estrela italiana, Claudia Cardinalli, ainda muito bonita e exuberante, apesar de setentona.
Logo me veio á mente o "city tour" de Paris efetuado quando de minha recente viagem ás Ilhas Britãnicas, com "grand finale" na Cidade Luz.
Nosso guia era um pitoresto personagem, carioca,de meia idade, cabelos com uma cor indefinida entre roxo e vermelho, que se esmerou em nos mostrar em detalhes, os encantos da cidade.
Passando por uma esquina nos chamou atenção, para um edifício bem típico, onde no primeiro andar mora há alguns anos a bela diva, Claudia Cardinalli, uma das musas do cinema italiano, do pós guerra. Contou que a mesma costuma ficar na sacada do apartamento e acena para os fãs que costumam chamá-la, de forma bastante simpática e receptiva.Contou ainda, que frequentemente é vista fazendo compras na região e atende aos pedidos de autógrafo com muita solicitude.
Outro local mostrado que nos trouxe antigas reminiscências foi o famoso Teatro Olimpia, onde alguns artistas brasileiros se apresentaram, fatos divulgados de forma eufórica por nossa imprensa. Lembro-me do destaque das notícias da década de 50 quando a cantora Marlene, ali se apresentou e mais tarde Ellis Regina na década de 80 ou ainda do baiano Gilberto Gil. No ótimo documentário sobre os Dzi Croquetes, recentemente exibido, uma das atrações principais foi a temporada dos mesmos naquele teatro.
Pelo exposto, reforço a tese de que viagens são intrumentos para nos trazer á mente antigas lembranças de fatos e pessoas há muito guardados em nosso sub-consciente e que súbito afloram de forma a atingir nossa sensibilidade.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

V- Ilhas Britânicas- Donde estan las palomas blancas?

Marca registrada de minhas viagens é o encontro com alvas pombas nos lugares mais aprazíveis por onde passo. Nas Ilhas Britânicas não foi diferente. Logo na chegada em Londres, após nos instalarmos, decidimos dar uma volta de reconhecimento pelo bairro de Keysington.
Após poucas quadras percorridas, chegamos numa pracinha perto da estação do "underground", como é chamado o metrô londrino, Gloucester. Alí uma senhora de aspecto incomum distribuia milho para esfomeados pombos que se aglomeravam em seu redor, com grande alarido. Isso foi suficiente para enternecer Irene, que entabolou interminável conversa com a esquisita senhora, num misto de mímica e inglês peculiar. Após nos livramos do insólito diálogo prosseguimos em nosso passeio.
Na manhã seguinte em nosso "city tour" passamos por várias locais em que revoadas de pombos faziam sua agitação habitual.
O mesmo aconteceu pelo resto da viagem, em especial na surpreendente Glasgow, em cuja praça principal, em que se vislumbram em locais de destaque, estátuas dos grandes vultos da história e literatura do país, nos encantamos com a descoberta que pousadas nas cabeças dos heróis, descansavam imponentes, pombas e outras aves regionais.É um espetáculo curioso e ao mesmo tempo divertido.
No final da viagem constatamos que as "places" parisienses é local de encontro dessas "columbas" romanas, como aliás é característica da famosa Praça de São Marcos, em Veneza.
Desde tenra idade costumei me encantar com essas avezinhas em minha bucólica cidade natal, mais tarde na adolescência as admirava da janela do apartamento da Praça da Biquinha em São Vicente, onde centenas de pombas arrulhavam em seu constante jogo amoroso.
Em meus passeios matinais no Parque da Aclimação eram as pombas uma das atrações principais,e fruto da alegria da pequena Vivian.
Desde os primordios da civilização elas ocupam lugar especial nos corações e mentes da pessoas e a famosa pomba branca com seu raminho no bico, é considerada o "Símbolo da Paz".
O rico cancioneiro mexicano eterniza sua louvação na famosa canção, cuja primeira estrofe começa com o famoso verso: " una paloma blanca...".
Porém, de repente, não mais que de repente, comecei a constatar que as pombas brancas estão desaparecendo da face da terra e foram sendo substituídas por pombas cinzas, negras ou rajadas.
Será fruto da evolução das espécies que substituiu as alvas pombinhas por uma espécie mais forte, para enfrentar a crescente poluição que infesta e inferniza nossas vidas?.
Ou será que a Pomba da Paz se retirou revoltada com a crueldade dos homens, ávidos de conquistas pessoais que só pensam em corrupção, conflitos bélicos e prejudicar seus semelhantes?.
Não sei.
Apenas constado entristecido os fatos e no ãmago de meu ser, pergunto saudoso:
"Donde estan las palomas blancas?"

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ilhas Britânicas !V - Viajando por filmes, músicas e livros

Uma das recordações mais saborosas de minhas vigens é identificar fatos, locais, pessoas que conhecí, as revendo através de filmes, músicas e livros.
Minha viagem ás ilhas britânicas tem sido reprisada em minha mente, ultimamente por meio desses três instrumentos culturais.
Recentemente reví na TV um filme emocionante, uma linda história sentimental denominado " Um amor para toda uma vida" estrelado pela consagrada atriz, Shirley Mac Lane. Trata-se da saga de um casal, de classes distintas, cujo namorado é separado da amada pela guerra e é morto quando o avião em que viajava foi atingido pelo inimigo em plena Belfast. No filme que se passa na época de grande atividade do grupo IRA,a capital da Irlanda do Norte aparece como protagonista principal e desse modo pude reviver a típica arquitetura da cidade com suas casas geminadas, de cor amarronzada e suas indefectíveis chaminés. Os problemas políticos tão comentados por nossos guias, no filme são retratados com grande fidelidade.
Adoro São Paulo por sua intensa vida cultural e no momento uma das atrações principais é a 34ª Mostra de Cinema Internacional.
Um dos filmes que ví e que me trouxe belas recordações foi " O Mágico", animação do genial Jacques Tati, que foi considerado o Chaplin francês, quando do lançamento do premiado "Mon Uncle".
Neste filme, o personagem é um mágico que vê seu trabalho ser ultrapassado quando as platéias começaram a preferir shows de conjuntos de rock, à sua arte.
Vê-se então obrigado a deixar Paris, outra cidade retratada, que nos trás grande nostalgia e se dirige a Londres, onde sua saga decadente continua. No modesto hotel em que estava hospedado conhece uma jovem camareira, que se impressiona com seus truques e com o velho artista e para sua surpresa, se esconde entre sua bagagem e só é descoberta quando o mágico se dirige á Escócia em busca de melhores oportunidades.
A Escócia é retratada de maneira bastane fiel e o trem em viajavam pra Glasgow passa por regiões de criações de carneiros, vegetação típica com o inevitável mal tempo. O mágico trabalha pouco tempo num tradicional pub, frequentado por público amante de cerveja e linguajar chulo, usando skirs e que logo se cansa de seu show e volta exigir a tradicional música e danças regionais.
O mágico, seguido da fiel camareira e de seu gordo coelho, parceiro das mágicas, segue então pelas Highlands, passando pelo famoso Loch Ness, por criações dos típicos bois vermelhos e seus enormes pelos, que quase cobrem suas cabeças e num frio terrível exibe seus truques para um público reduzido.
Continuando seu périplo de nômade o mágico se dirige para a encantadora capital escocesa, Edimburgo, onde se hospeda em modesto hotel.
Alí seu espetáculo tem também vida curta e para sobreviver e poder alimentar sua jovem amiga passa a aceitar qualquer trabalho como guarda noturno de um estacionamento e manequim vivo de uma loja de roupas.
Uma das cenas mais tocantes do filme é quando nosso personagem retorna ao hotel trazendo algumas poucas salsichas para o jantar. Encontra jovem com uma panela fumegante de sopa sobre a mesa e a mesma se preocupa em levar pratos cheios a alguns outros hóspedes do hotél, artistas decadentes como seu amigo. O mágico não vendo seu coelho julgou que o mesmo tenha sido utilizado para a confecção do alimento e a expressão de seu olhar denota toda sua tristeza. A cena termina com o gordo coelho saindo debaixo do sofá saboreando afoitamente as salsichas de seu dono...
A vida continua e o mágico prossegue em sua faina para conseguir o sustento na fria e chuvosa Edimburgo.
A cidade aparece em todo seu esplendor com seu magnífico castelo medieval, onde viveram muitos reis e a famosa Mary Stuart que mais tarde casou com o Rei Henrique VIII e foi por ele aprisionada na Torre de Londres e depois executada.
As ruas, monumentos, praças são retratadas com perfeição emocionando áqueles que já lá estiveram.
Um belo dia a jovem olhando pela janela se encanta com belo jovem e é correspondida e dalí para fortuitos encontros foi breve tempo.
Um dia enquanto o mágico caminhava pelas ruas a procura de trabalho e vê atônito o jovem casal abraçado e sua amargura foi imediata.
Sobe até o ponto mais alto da cidade e num local de vegetação exuberante solta seu velho amigo coelho, para a liberdade.
O filme termina com o velho mágico com o semblante tomado pela tristeza embarcando no trem que o levaria para seu incerto futuro.
Outro filme da mostra que merece ser mencionado é o nipônico Kioto. A antiga capital imperial conhecida por seus inúmeros e belos templos é cenário de pungente história de amor.A conhecí em 2002 e só esse fato me trouxe grandes recordações.
A heroina do filme uma jovem bibliotecaria, filha de um tintureiro e tem como namorado um rapaz, aspirante a humorista que tudo faz para conseguir sucesso e assim alcançar seu grande objetivo na vida que é casar com sua amada.Porém, suas tentativas são fracassadas e o jovem teme ter que se contentar a aceitar o negócio da família que é a confecção de tofu artesanal.
Num dia em seu trabalho, nossa heroina conhece complicado professor, especialista em hidiogramas chineses, que está em sua cidade para estudar alguns pergaminhos.O professor se apaixona perdidamente pela jovem e tudo faz para conseguir sua atenção.
Isto tudo dentro do maior tradicionalismo japonês.
Um dia voltando de um festival universitário, onde seu namorado fracassa em novo teste, a jovem após discutir com o rapaz dizendo não vê nada demais em ser fabricante de tofu, vai refletir tristonha nas margens de um rio.
A cena que me chamou a atenção e justifica a presença do filme nesta pagina é que ao fundo um jovem executa num solo de piston a música que marca a vida de todo o irlandês, e que considero uma das mais nostágicas e belas do cancioneiro internacional. Trata-se de Danny Boy, executada diariamente nos pubs da Irlanda e faz com que os olhos de homens e mulheres, fiquem marejados.
Eis que alí se depara com o professor que a procurava desesperadamente e declarando seu grande amor lhe informa que deve partir no dia seguinte para Beijin, onde ganhou uma bolsa de estudos por dois anos. Transbordando de amor o professor pede que a jovem lhe acompanhe e no ato lhe entrega a passagem para o trem bala, por onde partiriam para a grande aventura amorosa.
Atônita a jovem ficou de pensar e passa a noite com grande incerteza e é aconselhada pela irmã,a não pensar duas vezes e partir com seu novo amor.
Na manhã seguinte a jovem saí sorrateiramente e escondida na estação vê o professor esperando até o último segundo sua chegada , que desolada vê o trem partir.
Na saída da estação encontra com o namorado que humildemente lhe pede desculpas e a pede em casamento sob a promessa de que se não conseguir alcançar seu sonho em um ano,desistirá e passará a gerir os negocios da família.
Enquanto Rowling, a criadora de Harry Potter, hoje uma das mulheres mais ricas do mundo, mostra em seus livros a Inglaterra moderna, em meu entender sua correspondente na Irlanda é a jovem romancista Marian Keyes. Autora de bestsellers consagrados como "Melancia", "Sushi","Tem alguém aí?","Casório", "É agora ou nunca" e o recente, "Cheio de Charme", Marian representa a irlandesa moderna e seus livros se baseiam nos pontos cardeiais, que tanto encantam suas leitoras, :problemas amorosos, de trabalho, bebidas e familiares. Lendo-a parece que estamos em Dublin ou em Londres, onde suas personagens geralmente se situam.
Livros lidos recentemente, também me remeteram á Escócia ou a velha Albion como, "Queda de Gigantes" de Ken Follett e "Os catadores de conchas" de Rosamunde Pilcher.
Enfim filmes. música e livros me ajudam a me remeter a locais visitados cujas imagens teimosamnete permanecem em minha memória.

domingo, 24 de outubro de 2010

Ilhas Briitãnicas III- a partida

Cerca de uma semana antes da partida fomos convocados pela Mundo Turismo para receber os documentos necessários para a viagem.
No ato recebemos as passagens eletrônicas. Tomamos conhecimento então que nosso voo seria via Paris, com conexão para Londres, o que acarretaria várias horas a mais de espera nos aeroportos.
Recebemos também a documentação referente ao seguro viagem e alguns brindes como sacola,porta passaporte e porta endereços.
Fomos informados que um representante da Transmundi estaria no aeroporto para facilitar nosso check in e que deveriamos chegar no aeroporto ás 12 horas do dia 7/8 sendo que nossa partida estava marcada para as 16 horas.
No dia chegamos na hora marcada para o check in sendo que a fila já era razoável e lá encontramos o guia da Transmundi, Dalmo, que nos informou que nos acompanharia na viagem.
Na fila conhecemos um casal da Bahia que iria fazer a mesma viagem. Seus nomes João e Poliana. Embora João aparentasse ser bem mais velho de Poliana no início pensamos ser um casal ou mesmo namorados, mas depois constatamos que se tratava de tio e sobrinha, João com 47 anos e Poliana com 25.Em pouco tempo fizemos boa camaradagem com os mesmos.
No check in o funcionário da Air France escolheu nossos assentos para o voo SP/França e França/Inglaterra e nos dirigimos para a sala de espera internacional.
Aproveitamos a espera para adquirir no Dutty Free, porta-pescoços infláveis para maior conforto e duas garrafas de água mineral nacional. Começamos a sentir a exploração nos preços ( 4,50 a garrafa).
Irene resolveu comprar um cartão internacional para os devidos telefonemas pagando 100 reais, o que na prática veio a se transformar em nosso primeiro mico, pois não se conseguiu se falar com o mesmo.
A bordo sentamos na fila do meio da classe econômica e tive a sorte de ficar no assento do corredor, o que facilita as inevitáveis idas ao banheiroeo os passeios pelo corredor, pois em viagens longas o perigo de se ficar muitas horas sem se levantar é muito grande, desde o inchaço dos pés á graves problemas circulatórios. Exercícios como movimentar-se o pé é muito aconselhável.O uso de meias elásticas, em viagens, também é considerado útil.
Viajaram ao nosso lado duas irmãs, professoras vindas do Ceará, com as quais travamos boa camaradagem.
A vigem pela Air France, outrora um modelo de eficiência nos causou de início alguma apreenção, pois em poucos dias vários incidentes foram constatados com essa companhia aérea. Houve o caso da aeronave que retornou a base devido problema técnico; um que os passageiros ficaram muito tempo aguardando o embarque dentro dfa aeronave, um caso de troca de avião, pois os banheiros não funcionavam, sem contar o fatídico acidente ocorrido pouco tempo atrás, do voo Rio- Paris, até hoje não esclarecido.
Felizmente em nosso voo nada de grave ocorreu.Apenas para nosso0 desconforto foi constatado que os televisores instalados em cada poltrona, não puderam ser utlizados pela maioria dos passageiros, pois segundo comunicado o comissário de bordo encarregado de levar os equipamentos, se esqueceu de levar os fones de ouvido.
No meu caso não houve maiores problemas, pois o fone de meu radinho portátil, resolveu o problema.
Assim pude ouvir minhas músicas clássicas e assistir alguns filmes, inclusive um de autor, sobre a vida de Diego Maradona.
O atendimento a bordo foi razoável, mas a comida, outrora um fator de orgulho da Air France, hoje é bastante mediocre.
Após um voo de aproximadamente 10 horas, chegamos ao aeroporto Charles de Gaulle e meu relógio marcava cerca de 4,30 da manhã, logo transformado em 10,30 hs, devido ao fuso de 5 horas.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Turismo II - Ilhas Britânicas - Preparativos

Acertada a viagem com a Mundo Turismo através o agente André, já que meu contato inicial Regina, se encontrava de férias, embora ambos tenham me dado ótimo atendimento, com presteza e solicitude, logo iniciei os preparativos que uma viagem desse porte exige.
A duração da viagem ia do dia 7 a 26 de agosto e o roteiro previa, dois dias iniciais em Londres, a seguir ida a Southampton, onde iniciariamos um cruzeiro de 12 dias, com o transatlãntico, Crown Princess pelas Ilhas Britânicase após o retorno, via Londres, ida de avião para o "grand finale" em Paris, onde ficariamos mais 3 dias.
A agência nos forneceu as temperaturas prováveis desses dias nos diversos locais e vimos que apesar de ser pleno verão, elas seriam amenas.
Como já ultrapassamos a juventude e a meia idade e estamos nos alongando na chamada melhor idade (?)- só se for para a indústria farmacêutica- achamos de bom alvitre, nos submetermos a um check up, o que foi realizado com a folga adequada.
Um dos preparativos mais importantes é a arrumação das malas levando-se em consideração as temperaturas previstas, e os locais a serem visitados, com seus respectivos eventos.
As malas devem ser as mais práticas possível, de preferência com rodinhas e frasqueira que possa ser acoplada á mesma.
Como hoje em dia as malas são muito parecidas a colocação de adesivos ou outros apetrechos que as individualizem torna-se muito importante para se evitar extravios e facilitar a identificação nos aeroportos.
O peso máximo autorizado para a viagem á Europa pela Air France é de 23 quilos,com máximo dois volumes por pessoa, além da mala de mão compatível.
Para não se esquecer de nada, costumo adotar o método dos pés á cabeça.
É aconselhável se arrumar as malas com peso de até 18 quilos, sabedores das inevitáveis compras, o que pode acarretar excesso de bagagem e consequente prejuizo financeiro.
Recente reportagem saida no caderno de turismo da Folha de São Paulo dá dicas de como arrumar malas evitando o excesso de peso. Vamos utilizar o método dos pés á cabeça para uma mala masculina, já que para a feminina o modelo é análogo, com as diferenças de praxe.Viagem com duração de 20 dias, mais ou menos.
- 4 pares de meia. ( na presente viagem constatei que tanto o hotel de Londres, como na cabine do navio, no banheiro haviam cordas que serviam como varais, facilitando assim a lavagem de peças pequenas do vestuário.Como fazia calor as peças secavam com grande facilidade. Em caso contrário, alguns artifícios podem acelerar a secagem das pequenas peças, como cobrir os abajures acesos, com as peças. Deve-se tomar cuidado para driblar os camareiros).
- 2 ou 3 calças. De preferência levar peças com tecidos que não precisam ser passados.
- 5 cuecas
- 2 calças
- 3 bermudas
- 5 camisas com mangas compridas e 5 com mangas curtas. Dou preferência a camisas com bolsos.
- 5 camisetas ou menos, pois a tendência é comprá-las nas locais visitados
- 3 lenços
- Um paletó ou braizer combinando com as calças
- Uma gravata
- Dois calções de banho ou sungas
- Não costumo levar pijamas. Durmo com bermudas e camisetas
- Um sapato social confortável e um par de chinelos. Para quem goste, tenis confortáveis.
- Dois bonés
- Duas jaquetas sendo uma de nylon.
- Um guarda chuva pequeno, pois em vinte dias costuma chover e é uma precaução necessária
- Duas sacola de nylon. Serve para compras,principalmente água mineral, levar objetos nos passeios, etc.
- Fitas adesivas para eventuais reparos
- Produtos de higiene como pasta de dente, escova,shampoo,hidratante,desodorante, perfume, etc, em embalagens pequenas,absorventes no caso das mulheres.
-Um livro, sempre é necessário
- Um rádio portátil ou similar. Gosto de ouvir rádios locais em minhas viagens.
- Cópias do passaporte, fotos de passaporte em casos de extravio. Facilita a obtenção de segundas vias, pois nem todos os países possuem sistema digitalizado de fotos.Atestados de vacinação. Receitas de medicamentos, principalmente para o caso de remédios controlados.
- Óculos de grau sobressalentes
- Óculos de sol
- Máquina fotográfica de preferência digital
- Para quem considere imprescindível computador portátil ou aparelho similar e ferro de passar portátil
-Deve-se deixar espaço para no mínimo 5 quilos para as inevitáveis compras
Na bagagem de mão, de preferência daquelas de se acoplam na mala principal deve-se levar uma muda de roupa para o caso de extravio de bagagem. Nesse caso, deve-se registrar o fato em posto existente no próprio aeroporto, tão logo ser constatado o fato.
- Medicamentos de uso sistemático e outros de necessidade eventual, para casos de facilidade de digestão, diarréia, dores em geral,tonturas, indisposições,pequenos ferimentos,calmantes, etc.
-balas, ajudam no caso de dores nos ouvidos nos frequentes casos de despressurização, comuns nas aterrizagens.
- Celular. Cuidados especiais nas compras de cartões internacionais, pois nem sempre funcionam. Soube de pessoas que adquirem chips nos paises visitados, o que facilita sa comunicações. Como não sou expert no assunto, serve como informação.
-etc, conforme o viajante.
Uma precaução é não divulgar muito a parentes e conhecidos detalhes da viagem, já que as inevitáveis "encomendas" podem ser fontes de desagradáveis `mal estares`.
Antes da viagem deve-se informar das moedas correntes nos diversos países a serem visitados, quando se pretende gastar e o que se deve levar. Lembre-se que uma prazerosa viagem somente termina após o último pagamento das prestações e da quitação dpos cartões de crédito. Portanto, toda cautela é pouca, neste quesito, para não virar um pesadelo. Uma coisa é certa, dificilmente seu orçamanto não será ultrapassado. Cabe a você administrar o quanto.
No meu caso, como viajei bastante na década de 90 possuia uma quantia razoável de "travelleres checks", sobra das viagens anteriores. Na época se preconizava o uso desses cheques pela segurança oferecida, pois no caso de extravios ou roubos, bastava um telefonema para uma central, algumas providências burocráticas e seu dinheiro lhe seria ressarcido.
Tomei o cuidado de me dirigir ao banco ( City Bank, já que os cheques foram emitidos em conjunto do Citicorp com o Itaú) em que adquirí os cheques e lá me informaram dos cuidados a serem tomados: anotar os números dos cheque em local separado e portar os telefones a serem acionados em caso de sinistro.
Além dos cheque levei uma quantidade em reais, para gastos no aeroporto de Guarulhos e taxi do retorno, já que na ida embora tenha combinado com taxista o traslado a R$ 80,00, meu genro e filha se ofereceram, gentilmente, para nos levar ao bota-fora.
Dólares e euros, além do cartão de crédito completavam minhas precauções financeiras.
Deve-se não esquecer que por nossa legislação o viajante e acompanhantes familiares podem portar no máximo R$ 10 mil em espécie.
Uma providência necessária é informar á operadora de seu cartão de crédito sua viagem, duração, roteiro e intenção de usar o cartão, já que as fraudes são muitas e as operadores querem se precaver.Pode-seinclusive negociar novos limites para sua garantia.
Para se evitar as surpresas de alterações de cãmbio, hoje existe um sistema de se comprar com antecedência os créditos e ir gastando conforme a necessidade.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Turismo I - Ilhas Britânicas

Começo esta série de artigos algo desolado, pois por algum descuido lamentável um texto que levei cerca de 10 dias escrevendo , se perdeu. Acredito que o mesmo seria de bastante proveito para quem gosta de viajar, para os promotores de viagem, para as agências de turismo, guias, etc.
São experiências de quem viaja há mais de cinquenta anos, conhece 4 continentes, mais de 30 países em centenas de viagens, principalmente nacionais. A partir de 1972 efetuei cerca de 20 viagens internacionais e participei de 12 cruzeiros.Inclusive na década de 70 tive a felicidade de ensinar turismo numa faculdade, que infelizmente não mais existe.
No primeiro instante o desânimo foi mais forte e pensei seriamente em desistir, inclusive de colocar minhas experiências neste desprencioso meio de comunicação, que é meu blog.
Passado o impacto inicial resolvi retornar á atividade mas em vez de escrever um texto longo como um book de viagem, vou fazê-lo em doses homeopáticas, o que torna mais digerível a leitura.
Infelizmente por razões familiares fiquei por quase 10 anos sem viajar para o exterior, após ter tido a ventura de conhecer em 2002 as milenares civilizações japonesa e chinesa. Minhas viagens anteriores foram por razões profissionais ou por lazer.
Finalmente, superado meu problema familiar, no final de 2009 efetuei três cruzeiros pelas costas brasileiras.
Preparei-me então para uma nova aventura internacional e após cuidadoso estudo a escolha recaiu em excursão ás Ilhas Britânicas, com "grand finale" em Paris, que é uma festa que vale sempre a pena ser visitada.
Como não conto com ilimitados recursos financeiros, procuro fazer a viagem mais econômica possível, sem lançar mão porém, de conhecer o máximo das terras visitadas.
Escolhido o local começo a pesquisar os lugares mais interessantes a serem vistos, através da Internet, revistas especializadas como Viagem e Turismo, cadernos de turismo da Folha de São Paulo, Estadão, prospéctos de agências, contatos com quem já viajou nessas paragens, etc.
Recebo bastante material de viagem de agências que oferecem suas excursões e no caso optei por uma agência carioca, a Transmundi. Como gosto de tratar meus negócios "tete a tete", negociei minha viagem com a agência representante da Transmundi em São Paulo, a Mundo Viagens.
Embora tenha ótimas experiências de viagens durante Copas do Mundo, neste ano optei por viagem após o término da mesma, no caso em agosto.
Assisti ao glorioso final da copa de 94, numa cervejaria em Munique, num salão em que de um lado ficaram os brasileiros e do outro os italianos. Foi uma emoção só quando Roberto Baggio chutou seu penalti decisivo, nas alturas. Fizemos um carnaval nas ruas pacatas da capital da Baviera.
Em 98 porém, num hotel de Roma tivemos o dissabor de ver Zidane humilhar nossos jogadores.
Êste ano porém, já saímos decepcionados com Dunga e companhia...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

INSPIRAÇÃO

Algum tempo atrás o jornal Folha de São Paulo noticiou que havia convidado famosa blogueira cubana a participar de uma de suas concorridas sabatinas, caso a mesma conseguisse autorização para viajar para o exterior, fato que se afigurava difícil, uma vez que ela estava sendo considerada "persona non grata" pelo regime, porque através de seu blog, escrevia comentários pouco lisongeiros á situação política, econômica e social daquele país.
Recentemente adquiri o livro, De Cuba com Carinho, e identifiquei a autora, Yoani Sánchez como a bloqueira perseguida e em poucas horas devorei sua fascinante obra composta de mais de uma centena de "posts" que narram de uma forma pessoal,sucinta,objetiva e crucial a real situação vivida pela população cubana, não previlegiada, através de seu blog, quase clandestino,"Generación Y".
Yoani ama seu país e não quer deixá-lo, porém não se conforma com a situação aflitiva do povo que sofre as maiores necessidades, enquanto o governo procura manter uma imagem externa de prosperidade e avanços científicos, educacionais e democráticos.
Com 33 anos em suas intervenções no blog, emitidas com recursos artesanais e arriscados devido a intensa perseguição, narra sua vida desde o nascimento em 1975 ( o livro é de 2009) e o paralelo com a história, nessa fase em Cuba.
Em sua infância até sua pré adolescência viu seu pai empregado como maquinista da ferrovia estatal vivendo com relativo conforto, com razoável alimentação, já que seu país era subsidiado pela então União Soviética e seus satélites.
Com a derrocada desse bloco nos anos 80, Cuba ficou sem esse amparo e passou a faltar de tudo para o povo, que passou de viver de expedientes para sobreviver.
Educação, alimentação, transpote, assistência médica, direitos humanos foram se degradando e o dia a dia do povo se tornando insuportável. Menos para a imprensa oficial que continua falando maravilhas, o que só vale somente para a classe dominante e os turistas que recebem as benesses e só o que o governo quer mostrar.
Cuba para nós brasileiros sempre foi um país simpático, com um povo alegre e música comunicativa como a rumba e a salsa.
Yoany teve póssibilidade de deixar Cuba e se refugiar em outro país pois quando de sua formatura teve a oportunidade de fazer pós graduação na Suiça. Seu amor ao país, porém a fez retornar a Cuba.
Antes da revolução, Cuba ficou conhecida por seu ditador corrupto, Fulgêncio Batista;por sua proximidade com Miami, o que a tornava muito atrativa para os turistas e mafiosos americanos que aí buscavam refúgio ou as delícias de seus bares, praias, música,dança e belas mulheres.
O grande escritor Ernest Hemingway durante muitos anos morou em Havana e imortalizou em seus romances locais como os bares Bodeguita del Medio, Tropícal, El Floridita, drinques como, Os Mojitos,Margueritas e Daiquiris. Seu último livro, O Velho e o Mar, foi escrito em Cuba e publicado em 1952.
No final da década de 50 um grupo de revolucionários desceu a Serra Maestra e como um rolo compressor derrubou o governo e se instalou no poder. Eram comandados por Fideu Castro, Camilo Científugos, Raul Castro e o médico argentino, Ernesto "Che" Guevara, entre outros.
Recentemente o cinema apresentou uma trilogia de filmes retratando esses eventos, denominada "Guevara" tendo Benício Del Toro como o médico argentino e nosso Rodrigo Santoro no papel de Raul Castro.
Fidel tornou-se lider desse governo revolucionário e no início contava com os apoio dos Estados Unidos,que inclusive contavam com uma base militar no território cubano, em Guantamano, hoje sede da famigerada prisão, com centenas de prisioneiros,principalmente árabes, com acusações de terrorismo. As condições alí são consideradas desumanas e o presidente Obama em sua campanha presidencial prometeu desativar o presídio, o que não fez até o momento.
De posse do poder, em 1959, Fidel fez logo em seguida viagem pela América do Sul tentando explicar os objetivos da revolução e grangear simpatias. Lembro que aqui chegou numa noite em São Paulo e foi festivamente recebido e entrevistado pela TV Tupi, pelos solertes reporteres da época, José Carlos de Moraes, O Tico Tico e seu inseparável parceiro, Carlos Spera, num furo jornalístico que teve muita repercussão.
Voltando a Cuba Fidel logo mostrou sua faceta esquerdista, rompeu com os Estados Unidos e passou a perseguir seus opositores, sendo muitos encarcerados e outros tantos fusilados nos famosos "paredóns".
Até alguns líderes da revolução, como Científugos, que desagradaram Fídel, foram encarcerados ou fusilados. Até o carismático Guevara, que em 1961 foi condecorado, , no Brasil, peloo Presidente Jânio Quadros com a Ordem do Cruzeiro do Sul, se desentendeu com Fideu e partiu em novas missões por países da América do Sul, acabando por ser morto em guerrilha nas selvas bolivianas. Após sua morte foi reabilitado em Cuba e hoje é venerado como herói nacional.
Milhares de cubanos, que tiveram seus bens confiscados pelo regime comunista instalado na ilha, desesperadamente tentaram por todos os modos se refugiarem para os Estados Unidos, principalmente para a vizinha Flórida.Key West, charmosa cidade ao sul desse estado, onde Hemingway mantinha residência dista apenas 100 quilômetros
de Cuba.
Viajam nas mais precárias condições e muitos morreram na travessia.
Os Estados Unidos em represália ao governo cubano que confiscou os bens das empresas americanas instaladas no país estabeceu rigoroso embargo econômico, comercial, financeiro que dura até hoje, com desastrosas consequencias para o povo cubano.
Cuba então se aproximou cada vez mais com a União Soviética que a acolheu como sua protegida predileta, dada sua proximidade geográfica com seu rival mundial, os Estados Unidos.
Essa turbulenta relação entre Cuba e Estados Unidos foi pautada por inúmeros conflitos nestes 50 anos.
Em 1961 por pouco não eclodiu um conflito mundial, quando Cuba permitiu que a União Soviética tentasse instalar base de mísseis em seu território. A reação do governo de John Kennedy foi imediata e se os soviéticos não recuassem em seus objetivos provavelmente seria o estopim da Terceira Grande Guerra.
Pouco tempo depois os americanos apoiaram os refugiados cubanos na malograda invasão da Baia dos Porcos, quando se pretendia a derrubada do governo cubano.
Devido ao apoio soviético que comprava quase toda sua produção de açucar,e os famosos charutos, Cuba deu grande apoio militar nas investidas comunistas na África, notadamente em Angola e Moaçambique.
Neste período Cuba avançou nos esportes e medicina e se tornou referencia em algumas especialidades.
Diversos fatos nesse periodo de quase cinquenta anos deixaram o país caribenho na berlinda mundial. tais como:
-A pontual abertura de saída de cubanos dissidentes nos anos 70, quando quase 200 mil deixaram a ilha. Fidel aproveitou e expulsou dos país, criminosos, homossexuais e "personas no gratas" ao regime.
-A fuga da mãe do garoto Elian á Miami, sua morte na travessia e a discussão em torno da volta do garoto á ilha. Após muita negociação Elian retornou e foi adotado por Fidel como símbolo do regime.
-A devolução de dois boxeadores que deixaram a delegação cubana no pan-americano do Rio e o governo brasileiro concedeu a extradição em tempo record.
-O cineasta Wim Wenderes filmou em Havana, Buena Vista Social Clube e resgatou para o mundo inúmeros cantores cubanos que há muitos anos se encontravam esquecidos.
-O Papa João Paulo II em visita a Cuba tentou restaurar direitos humanos na Ilha e o respeito á Igreja Católica, sem resultados efetivos.
-Nosso presidente em visita a Cuba, em plena crise devido a greve de fome de dissidentes do regime, e a morte de um dos líderes, não intercedeu pelos mesmos, comparando-os a criminosos comuns.
Há alguns anos Fidel adoeceu e foi sucedido por seu irmão Raul Castro, porém de efetivo não mudou muita coisa no regime, essa sucessão.
Algumas figuras mundiais, como o argentino Maradona, o presidente venezuelano Chaves, que fornece petroleo a Cuba a preços simbólicos, o arquiteto brasileiro Niemayer, o escritor Fernando de Moraes, autor do livro laudatório A Ilha, alguns membros de nosso governo, etc, não escondem sua simpatia pelo lider cubano.
Após alguns anos de ostracismo devido sua doença, Fidel aparentemente melhorou e tem aparecido em público com alguma frequencia.
Há poucos dias um sindicato de Salvador tentou convidar Yoany Sánches para um evento na capital baiana mas não foi bem sucedido, já que a mesma não obteve, novamente, pemissão para deixar o país.
POr sua obstinação em alertar o mundo da verdeira situação vivida por seu povo e por seu amor incondicional a seu país Yoni serve de inspiração para os milhões de blogueiros em redor do mundo, que fazem desse instrumento um meio para expor seus ideiais.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Meus outros eu

Dizem os entendidos que todo o indivíduo tem em alguma parte do mundo, um sósia perfeito, com características iguais, embora com consciência e raciocínios diferentes. é seu alter ego.
Na realidade dentre os bilhões de seres humanos viventes e os que já passaram por este "vale de lágrimas" não considerando os fatores genéticos ou DNAs, naturalmente existem muita gente com aparência similar, ao menos por algum periodo de suas existências, antes que os estragos do tempo, faça suas interferências. Afinal o Criador, não teve tanta criatividade assim e muita gente tem proximidade no tipo físico.
Nem falo das similaridades artificiais oriundas das operações plásticas que padronizam narizes, lábios, etc, dos botox atuais, dos cortes de cabelos, das perucas, das variadas matizes capilares, etc.
Em meu próprio ambiente familiar constituido de eu próprio, minha esposa Irene e minha filha Vivian pude constatar a veracidade e constatação de minhas afirmações.
Irene, quando namoravamos, muito jovem, esbelta e com longas melenas claras, para mim era muito parecida com a graciosa cantora francesa, Françoise Hardy. Mais tarde, alguns a acharam idêntica com a jovem e esfusiante Rita Lee.
Algum tempo depois passou a ser confundida com a atriz Terezinha Sodré e a seguir passou a fase de Renata Sorrah, Shirley Maclane e mesmo da comediante Berta Loran. Ainda ontem alguém a achou parecidíssima com a escritora Clarice Linspector, cuja vida está em evidência em peça teatral,com interpretação magistral da grander atriz, Beth Goulart.
Vivian, desde seu tempo de colégio, foi confundida na rua com a atriz Mariana Ximenes, logo após comercial de grande evidência na época, que a lançou na grande mídia.
Eu mesmo não fujo a essa regra familiar e durante bom tempo fui confundido com o político, Paulo Maluf, quando ele ainda era Salim.Além dos comentários da época, dois fatos atestam essa infausta semelhança.
Na festa de fim de ano do longínquo 1979, na empresa em que trabalhava , fui encarregado de ser o mestre de cerimônias do evento e assim fui fotografado empunhando o microfone ao fazer as apresentações. Como a foto ficou boa, fiz um poster da mesma e vaidoso coloquei-o em meu escritório de minha casa.
Certo dia uma diarista confidenciou á minha esposa.
_ Puxa, seu Nilson é admirador mesmo do Mafuf, pois mantém esse retrato grande dele, no escritório...
De outra feita, fui com meu irmão, Irene e Vivian conhecer a terra natal de meu pai, a pequena, porém simpática, Santa Branca, no início do Vale do Paraiba. Ao visitarmos a Matriz da cidade, na praça principal notei que estava sendo alvo da curiosidade geral e logo descobrí o motivo. Naquele dia, o então governador Maluf visitaria Santa Branca e o povo achou que o visitante da Igreja, que era eu, era o próprio. Pouco depois a comitiva oficial chegou...
Hoje em dia,descobriram que sou a cara do escritor Luiz Fernando Veríssímo.O oftalmogista que atende Irene, só me chama de Luiz Fernando.
Certa vez, durante um cruzeiro de fim de ano, um casal se aproximou e pediu um autógrafo julgando que eu era uma das atrações do passeio... e há poucos dias, numa terça-feira, no Teatro Eva Hertz, durante uma sessão de jazz do conjunto de Tito Martino, uma expectadora me interpelou seu eu não era o grande escritor gaucho, famoso também por ser fan de jazz...
Enfim a vida vai apresentando suas peças e vamos nos conformando com o que nos vai acontecendo e que as mutações na aparência vão ocorrendo e isso acontece com todos, sósias ou não.Quem viu, Brigite Bardot ou Alain Delon, de ontem e hoje, não se conformaria de um dia ter sido confundido com os mesmos, em seus períodos áureos.

sábado, 29 de maio de 2010

Era uma vez a Rádio Clube ...

O ano de 1939, em que nascí, foi palco de importantes acontecimentos, uns funestos para a humanidade, como a deflagração da segunda guerra mundial, com conseqüências terríveis e outros importantes e positivos, principalmente para São Manuel, como o início das atividades de nosso hospital e da entrada no ar da Rádio Clube de São Manuel, hoje essa jovem de 70 anos.

Para minha satisfação, a família Ragazzi teve razoável participação na história da antiga PRI6, já que meu pai, Américo e meu tio Vitorino participaram da comissão que conseguiu os direitos de instalação da emissora em nossa cidade, como atesta a foto da primeira diretoria, onde seus membros demonstram todo seu orgulho.

Seu primeiro executivo que comandou por alguns anos o destino da rádio foi o Sr. Vitorino Ribeiro e como locutor principal foi contratado um locutor de fora, com experiência em outras rádios do interior, o Sr. Feitosa.

O horário de transmissão era motivo de festa para os felizes proprietários dos poucos aparelhos receptores existentes na cidade. Naquela época o possuidor de aparelho receptor tinha que registrá-lo e era obrigado a pagar uma taxa anual que era recolhida na agência do correio...

Trabalhando no Pastifício Ragazzi, que tinha suas instalações na Rua XV de Novembro, defronte ao Jardim Municipal, meu pai costumava visitar as cidades vizinhas para vender os produtos produzidos pela indústria.

Numa delas, Barra Bonita, costumava fazer suas refeições numa pensão de propriedade de um casal de italianos e sua numerosa prole cuidava dos trabalhos correspondentes. Era a família de José Saglieti que, algum tempo depois, transferiu-se para São Manuel , radicando-se na propriedade da Rua Coronel Simões, em cujo quintal estava instalada a torre de transmissão da rádio.

Nossos contatos com a família Saglieti eram muito estreitos, já que éramos vizinhos e o velho José foi um segundo “nono” para mim.

Com a saída do Sr. Vitorino Ribeiro e do Sr. Feitosa, o filho do Sr. Saglieti, Lino José, foi convidado a assumir a direção da emissora e o fez com muito êxito por muitos anos, como é de conhecimento geral.

Na trajetória da antiga PRI6 passaram vários locutores sendo que alguns se sobressaíram mais tarde,em importantes rádios , jornais e depois TVs, da capital. Citamos alguns que a memória nos permitiu, Lamartine Vilela ( Rádio Bandeirantes), Aurélio Belloti ( (Fundação Casper Libero e Gazeta Esportiva), Ewaldo de Almeida Pinto( TV Paulista), Colaço (TV Paulista). A dupla “Coração do Brasil,” Tonico e Tinoco, que por muitos anos comandou o famoso programa “ Na Beira da Cuia” na Rádio Bandeirantes.

Além dos citados,importantes locutores se destacaram por largos períodos como Wilno de Arruda Pinheiro, Julinho Bernardinetti, Irineu Ferreira, Amando Saglietti, Alberto Santarém Junior, Carlos Alberto Marquesi, etc, sob o comando do já emérito Professor Lino José Saglieti.

No inícío da década de 50 um programa esportivo vespertino fazia grande sucesso e tinha enorme audiência. Foi o ápice da Associação Atlética Sãomanuelense que vinha de sucesso no futebol profissional , além de outra agremiação de destaque, o Bandeirante. Depois surgiram o Palmeiras, São Paulo, Jim da Serra, América,etc.
São Manuel também se sobressaia no bola ao cesto ( como era chamado na época), no volei, atletismo, ciclismo. Era a grande fase dos Jogos Abertos da Alta Sorocabana. Daí o interesse dos ouvintes nesse programa.

Por essa ocasião, meu pai começou a escrever crônicas, enaltecendo os grandes feitos de nosso esporte e a homenagear os mais valorosos jogadores e atletas de nossa cidade, principalmente os mais antigos e quase esquecidos, desde os idos de 1925, quando se radicou em São Manuel. Essas crônicas se denominavam “ Recordando o Passado” e marcaram época nas tardes da I6 e mais tarde, passaram a ser reproduzidas em jornais de São Manuel e cidades vizinhas. Esse estilo de crônicas foi imortalizado pelo grande Fiori Gigliotti que nas tardes de domingo nos brindava com emocionantes relatos, denominados “Cantinho da Saudade”, pelas ondas da Rádio Bandeirantes.

Meu irmão Nildo, começou suas atividades de locução no Cine Paratodos, o qual antes e ao término de suas sessões divulgava suas próximas programações, entremeadas de músicas que se tornaram marcantes como Barril de Chopp ( preferida do proprietário, o saudoso Benjamin Augusto), In the Mood ( O Edmundo, na versão da iniciante Elsa Soares), Moonlight Serenade, etc.

Convidado pelo Professor Lino, passou a integrar o quadro de locutores da PRI6, juntamente com dois outros novos contratados, Carlos Silvio Correia e Hamilton Nicola Maffei.

Meus primeiros contatos com o microfone ocorreram nas eleições da URBE, União Rui Barbosa Estudantil, que era o grêmio do Colégio Estadual e Escola Normal “ Dr. Manuel José Chaves” e consistiam em ler textos enaltecendo as virtudes dos candidatos de determinada facção, tipo “Vote em ... que elevará a URBE aos píncaros da glória”.

No início do segundo semestre de 1955, com 15 anos, quando cursava o primeiro ano do curso científico, fui convidado pelo Professor Lino, meu mestre de Português, a trabalhar na Rádio Clube. Aceitei imediatamente,logo estava aprendendo os macetes na rádio e no Serviço de Alto-Falantes Bandeirantes (Uma empresa para o Servir). Este funcionava no Jardim Municipal e além de anúncios e jingles transmitia os hits da ocasião,para a turma que fazia o “footing” e onde a paquera imperava. Servia também para os corinthianos, palmeirenses e sãopaulinos tirarem o sarro, uns dos outros, conforme os resultados dos jogos. Era o “ Time perna de pau” dedicado a quem estava de cabeça inchada.

Quem me ensinou os segredos iniciais foi o Oscar Guilherme Unzer e todos os dias das 19 ás 20,30 horas, religiosamente assumia o microfone e procurava imitar meu ídolo da época, o locutor da Rádio Record, o grande Geraldo José de Almeida, (muita pretensão...)

Lembro-me do mês de dezembro de 1955 quando o serviço de auto-falantes funcionava desde a tarde e o grande sucesso da ocasião eram músicas de um jovem cantor cego, Ray Charles, principalmente, “Stela by starlight”.O ano de 1939, em que nascí, foi palco de importantes acontecimentos, uns funestos para a humanidade, como a deflagração da segunda guerra mundial, com conseqüências terríveis e outros importantes e positivos, principalmente para São Manuel, como o início das atividades de nosso hospital e da entrada no ar da Rádio Clube de São Manuel, hoje essa jovem de 70 anos.
Para minha satisfação, a família Ragazzi teve razoável participação na história da antiga PRI6, já que meu pai, Américo e meu tio Vitorino participaram da comissão que conseguiu os direitos de instalação da emissora em nossa cidade, como atesta a foto da primeira diretoria, onde seus membros demonstram todo seu orgulho.
Seu primeiro executivo que comandou por alguns anos o destino da rádio foi o Sr. Vitorino Ribeiro e como locutor principal foi contratado um locutor de fora, com experiência em outras rádios do interior, o Sr. Feitosa.
O horário de transmissão era motivo de festa para os felizes proprietários dos poucos aparelhos receptores existentes na cidade. Naquela época o possuidor de aparelho receptor tinha que registrá-lo e era obrigado a pagar uma taxa anual que era recolhida na agência do correio...
Trabalhando no Pastifício Ragazzi, que tinha suas instalações na Rua XV de Novembro, defronte ao Jardim Municipal, meu pai costumava visitar as cidades vizinhas para vender os produtos produzidos pela indústria.
Numa delas, Barra Bonita, costumava fazer suas refeições numa pensão de propriedade de um casal de italianos e sua numerosa prole cuidava dos trabalhos correspondentes. Era a família de José Saglieti que, algum tempo depois, transferiu-se para São Manuel , radicando-se na propriedade da Rua Coronel Simões, em cujo quintal estava instalada a torre de transmissão da rádio.
Nossos contatos com a família Saglieti eram muito estreitos, já que éramos vizinhos e o velho José foi um segundo “nono” para mim.
Com a saída do Sr. Vitorino Ribeiro e do Sr. Feitosa, o filho do Sr. Saglieti, Lino José, foi convidado a assumir a direção da emissora e o fez com muito êxito por muitos anos, como é de conhecimento geral.
Na trajetória da antiga PRI6 passaram vários locutores sendo que alguns se sobressaíram mais tarde,em importantes rádios , jornais e depois TVs, da capital. Citamos alguns que a memória nos permitiu, Lamartine Vilela ( Rádio Bandeirantes), Aurélio Belloti ( (Fundação Casper Libero e Gazeta Esportiva), Ewaldo de Almeida Pinto( TV Paulista), Colaço (TV Paulista). A dupla “Coração do Brasil,” Tonico e Tinoco, que por muitos anos comandou o famoso programa “ Na Beira da Cuia” na Rádio Bandeirantes.
Além dos citados,importantes locutores se destacaram por largos períodos como Wilno de Arruda Pinheiro, Julinho Bernardinetti, Irineu Ferreira, Amando Saglietti, Alberto Santarém Junior, Carlos Alberto Marquesi, etc, sob o comando do já emérito Professor Lino José Saglieti.
No inícío da década de 50 um programa esportivo vespertino fazia grande sucesso e tinha enorme audiência. Foi o ápice da Associação Atlética Sãomanuelense que vinha de sucesso no futebol profissional , além de outra agremiação de destaque, o Bandeirante. Depois surgiram o Palmeiras, São Paulo, Jim da Serra, América,etc.
São Manuel também se sobressaia no bola ao cesto ( como era chamado na época), no volei, atletismo, ciclismo. Era a grande fase dos Jogos Abertos da Alta Sorocabana. Daí o interesse dos ouvintes nesse programa.
Por essa ocasião, meu pai começou a escrever crônicas, enaltecendo os grandes feitos de nosso esporte e a homenagear os mais valorosos jogadores e atletas de nossa cidade, principalmente os mais antigos e quase esquecidos, desde os idos de 1925, quando se radicou em São Manuel. Essas crônicas se denominavam “ Recordando o Passado” e marcaram época nas tardes da I6 e mais tarde, passaram a ser reproduzidas em jornais de São Manuel e cidades vizinhas. Esse estilo de crônicas foi imortalizado pelo grande Fiori Gigliotti que nas tardes de domingo nos brindava com emocionantes relatos, denominados “Cantinho da Saudade”, pelas ondas da Rádio Bandeirantes.
Meu irmão Nildo, começou suas atividades de locução no Cine Paratodos, o qual antes e ao término de suas sessões divulgava suas próximas programações, entremeadas de músicas que se tornaram marcantes como Barril de Chopp ( preferida do proprietário, o saudoso Benjamin Augusto), In the Mood ( O Edmundo, na versão da iniciante Elsa Soares), Moonlight Serenade, etc.
Convidado pelo Professor Lino, passou a integrar o quadro de locutores da PRI6, juntamente com dois outros novos contratados, Carlos Silvio Correia e Hamilton Nicola Maffei.
Meus primeiros contatos com o microfone ocorreram nas eleições da URBE, União Rui Barbosa Estudantil, que era o grêmio do Colégio Estadual e Escola Normal “ Dr. Manuel José Chaves” e consistiam em ler textos enaltecendo as virtudes dos candidatos de determinada facção, tipo “Vote em ... que elevará a URBE aos píncaros da glória”.
No início do segundo semestre de 1955, com 15 anos, quando cursava o primeiro ano do curso científico, fui convidado pelo Professor Lino, meu mestre de Português, a trabalhar na Rádio Clube. Aceitei imediatamente,logo estava aprendendo os macetes na rádio e no Serviço de Alto-Falantes Bandeirantes (Uma empresa para o Servir). Este funcionava no Jardim Municipal e além de anúncios e jingles transmitia os hits da ocasião,para a turma que fazia o “footing” e onde a paquera imperava. Servia também para os corinthianos, palmeirenses e sãopaulinos tirarem o sarro, uns dos outros, conforme os resultados dos jogos. Era o “ Time perna de pau” dedicado a quem estava de cabeça inchada.
Quem me ensinou os segredos iniciais foi o Oscar Guilherme Unzer e todos os dias das 19 ás 20,30 horas, religiosamente assumia o microfone e procurava imitar meu ídolo da época, o locutor da Rádio Record, o grande Geraldo José de Almeida, (muita pretensão...)

Lembro-me do mês de dezembro de 1955 quando o serviço de auto-falantes funcionava desde a tarde e o grande sucesso da ocasião eram músicas de um jovem cantor cego, Ray Charles, principalmente, “Stela by starlight”.

Na rádio o locutor exercia também as funções de técnico, já que comandava quadro de pratos de discos, geralmente bolachas de 78 rotações, o som, um prato de jingles e um botão, do “ao soar o gongo serão precisamente...” Alguns jingles ficaram retidos em minha memória:

“Em casa ou no trabalho,
no campo rua ou no esporte,
só se usam as calças far-west...), ou das modernas, Alpargatas Roda...
Na rádio os principais locutores eram o Alberto Santarém Junior: comandava os Sociais onde diariamente lia com grande sentimento uma poesia, um Cantinho para Você – uma página feita para sua sensibilidade. Em suas raras ausências os demais locutores torciam para não serem escalados, já que ninguém ousava substituir o mestre.

Outro expoente da 16 era o Carlito Marquesi, que mais tarde dirigiu também a rádio. Carlito fez o ginásio comigo e se destacou sendo o presidente da comissão de formatura e orador da turma. Nossa paraninfa foi a querida Professora Ana Lima Garófalo.

Além dos locutores citados e o do Oscar, faziam também parte do quadro, Mário Ferraz e o Henrique Massarelli.

Os principais programas eram: Ritmos de Uncle Sam, Organize seu Programa, Sociais, A Hora da Ave Maria, o Esportivo e principalmente, o Música para Você. Era moda se dedicar músicas aos aniversariantes, nos casamentos, formaturas, etc, e o programa tomava as tardes manuelinas. Aos domingos prevaleciam as músicas dedicadas pelos moradores da zona rural e tome música caipira. Naquela época havia determinado preconceito da turma da cidade, que preferia músicas internacionais, ou de cantores como Nelson Gonçalves, Francisco Alves, Carlos Galhardo,Orlando Silva, Silvio Caldas, ás modinhas de viola.

Para os locutores era um castigo ser escalado para os domingos á tarde, pois no mesmo horário, geralmente no Estádio “Dr. Adhemar Pereira de Barros”, se realizavam jogos de futebol, tão aguardados por toda a cidade.

A rádio estava instalada na Rua Moraes Gordo e aos domingos pela manhã era transmitido concorrido programa de auditório sob o comando do Carlito. Os acompanhantes principais eram Dona Irides Canela, ao piano e Péricles, no violão. As atrações principais eram a família Tirapelli, Sr. José (Marichiaro), Ivo,Nilza, Wilson, Lalau e seu cavaquinho, a dupla caipira infantil Rochinha e Denga, o conjunto “Os Anjos” de Barra Bonita, etc.

Menção especial ao Durval (o Durva), discotecário da emissora, conhecia a localização de cada disco, corinthiano de um grande coração e irmão mais jovem do Sr. Lino.

Nos serviços gerais, minha homenagem ao casal Frederico.

Uma das maiores emoções de minha vida foi quando recebí das mãos do Professor Lino uma nota de 50 cruzeiros que correspondia ao meu primeiro cachê, dinheiro recebido como recompensa de meu trabalho. Inesquecível.

Infelizmente, no dia 5 de janeiro de 1956 minha família se transferiu para São Paulo, em busca de novas oportunidades profissionais e educacionais e eu desliguei-me da querida PRI6 “Rádio Clube de São Manuel, a “ Voz de um Município de São Paulo nos Céus de Imenso Brasil” e só me restou uma enorme saudade.
Hoje amenizada pela Clube Regional, liberada aos sãomanuelenses por esse mundo afora, pelo milagre da Internet.

Nilson José Ragazzi
São Paulo – 9 de maio de 2010