sábado, 20 de novembro de 2010

VII- Ilhas Britânicas - Conexão em Paris

A conexão em Paris se revelou uma pequena odisséia, somente atenuada pelo fato de estarmos ainda na ida, com grandes perspectivas de dias muito agradáveis e reveladores.
O Aeroporto Charles de Gaulle é enorme e somente viajantes experientes conseguem se movimentar pelo mesmo sem uma boa dose de estresse.
No caso tivemos que nos movimentar do portão de entrada na ala internacional e nos dirigir ao longínquo portão onde tomariamos nossa conexão para Heathrow, em Londres.
O "check in" de entrada em Paris é bastante rigoroso. Tivemos que tirar sapatos,malhas, exibir objetos dos bolsos e passar por detetores de metais. Vários pertences de companheiros de viagem foram retidos e no nosso caso tivemos de entregar nossas garrafas de água mineral, que tinhamos reservado para nossos medicamentos.
Interessante é constatarmos que dentro de nosso grupo surgiu um rapaz esquisito, andrógino que nos pareceu que se emiscuiu, para passar desapercebido e passar pela alfãndega. Não foi mais visto.
Vencida essa etapa. após longo trajeto em que passamos por três escadas rolantes, uma comum e uma longa esteira, chegamos a um trenzinho que nos levou até o terminal para o "check in" do voo para Londres.
Ao efetuarmos a apresentação de nossa passagem, uma atendende num francês acelerado, criou um clima, dando a entender que estávamos em assentos exclusivos de passageiros que dominassem fluentemente o francês e o inglês, uma vez que aqueles lugares se localizavam junto as portas de emergência. Embora Irene domine o idioma francês e nos viramos em inglês, a francesinha se mantinha irredutível e somente com a interferência do guia Dalmo, o problema foi resolvido. Interessante que os lugares foram escolhidos pelo atendente da Air France que fez o check in no aeroporto de São Paulo. NO avião o comissário de segurança da tripulação estranhou o comportamento de sua colega do aeroporto, já que os controles são de sua responsabilidade e que estávamos perfeitamente aptos para ocuparmos os referidos assentos, que repetimos não solicitamos.
Localizado o portão de embarque para nos preparamos para a longa espera.
Resolvemos então trocar alguns "travellers checks" por euros e nos dirigimos a uma casa de câmbio. Perguntamos se poderiamos trocar nossos checks por euros e a atendente, uma jovem de aparência indiana informou que não haveria problema , pediu nosso passaporte e solicitou que assinassemos os cheques. De posse dos mesmos a atendente fez uma ligação, consultou uma colega e retornou informando que não poderiam efetuar a transação e que nos dirigíssemos a um banco.( Meus "travellers", sobras de outras viagens, eram do Citicorp em associação com o Banco Itaú).
Compramos lanches e algumas caríssimas garrafas de água mineral e fomos servidos por garçonetes provindas de algum país do norte da África.
Constatamos com alguma surpresa que alguns passageiros, já aguardando chamada para embarque, traziam além de suas bagagens de mão. graciosos cãozinhos, o que nos levou a crer, que são permitidas esses simpáticos "acompanhantes" junto com seus donos.
Acomodados na sala de espera passamos a conhecer alguns colegas de excursão. Constatamos que três casais eram os representantes de nossa cidade.
Eram eles, Sr. Milton, um magistrado aposentado. que exerceu importantes cargos em nosso Judicíario.De aspécto jovial e físico invejável, não parecia ter a idade de 90 anos.Sua esposa Luzia, bastante simpática e comunicativa logo entabolou descontraida conversa com Irene.
O outro casal paulistano era o Sr.Hélio, economista, alto funcionário do Banco do Brasil, aposentado, que inclusive exerceu funções por alguns anos na China e sua esposa Leni, também ex-funcionária do Banco do Brasil.
Interessante que após nosso retorno, os encontrei por várias ocasiões em concertos de música clássica, aos domingos no Centro Cultural São Paulo e mensalmente em concertos da banda Sinfônica de São Paulo, no Auditório da FIESP.
Como se vê, casal de bom gosto.
Além dos baianos e das irmãs cearenses já mencionadas, conhecemos um casal de Brasilia, mãe, filha e amiga vindas de Belo Horizonte,um casal do Espirito Santo, uma senhora gaucha e um grupo de 27 passageiros oriundos de Santa Catarina, que viajaram em outra aeronave. Essa turma se constituia no grupo de São Paulo, sob o comando do guia Dalmo.
Em contato com alguns desses passageiros constatamos que alguns receberam correspondencia da Transmundi oferendo passeios opcionais que poderiam ser reservados e pagos no Brasil em euros.Ficamos desapontados com essa falha de nossa agência uma vez que nada recebemos e porque não estavamos providos de euros suficientes e nossos "travellers" tinham se transformado num grande mico.
Outra falha da promotora da viagem foi apenas nos informar das paradas do navio, sem mencionar os locais que poderiam ser visitados. Assim descobrimos que no porto escocês de Greenock poderiamos conhecer o famoso Loch Ness, bem como a cidade de Glasgow.Na parada de Invergordon o opcional nos levaria á imperdível, Edimburgo, a belíssima capital da terra do whiskey.
Uma das importantes providencias que tomei antes da saída para a viagem foi xerocar toda a documentação, com roteiros, endereços de hotéis, cópias de passagem e entregá-los a minha filha Vivian e meu irmão Nildo, meus contatos de São Paulo.
Conhecemos também o simpático guia Coutinho, responsável pelo grupo do Rio de Janeiro, que chegou em outro voo e se reuniu conosco para a viagem à capital inglesa. O total de excursionistas passou a ser de 75.
Após voo tranquilo de cerca de 1,5 hs chegamos finalmente a nosso destino,
depois de termos chegado a Guarulhos as 12 hs de 7/8 e desembarcarmos em Londres as 17hs de 8/8, sendo o relógio atrasado em uma hora, pois o fuso horário em Londres era de 1 h a menos.

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