segunda-feira, 27 de abril de 2009

o futuro é hoje

No início do século atual, tive oportunidade de efetuar viagem a um país, que se perguntado antes, consideraria a hipótese práticamente impossível e inimaginável: á milenar China.
Foi através uma empresa japonesa á qual prestava serviços que esse sonho se tornou realidade.
Partimos de São Paulo, pela Japan Air Lines rumo a New York, onde fizemos escala. Após rigorosos check ins e out, dada a neureso americana, após os trágicos atentados ás Torres Gêmeas, seguimos rumo a Tóquio.
NOsso roteiro foi através o Polo Norte e do alto vislumbramos as geleiras que cobrem aquela extensa região.
Aterrisamos no aeroporto de Narita onde visitamos algumas exposições,trocamos de aeronave e seguimos para Shangai pela China Air Lines, onde chegamos extenuados e atordoados, pelo implacável fuso horarío e nosso tempo foi acrescido de 27 horas, além, das 24 da viagem. Assim saímos as 5 horas da tarde do sábado de São Paulo e chegamos á Shangai, ás 8, da segunda-feira.
O aeroporto de Shangai é enorme, mas nada comparado ao atual, construído visando as Olimpíadas de 2008.
Num longínquo caminho do aeroporto á cidade, numa estrada plana e bastante arborizada, causando ótima impressão, tivemos algum preocupante impacto ao constatar que no taxi que nos conduzia, o motorista ficava isolado, dentro de uma grade, parecendo uma jaula. Desse modo, de início ficamos alarmados com a segurança da cidade.
Lembramos que na China os criminosos, são punidos com a pena de morte e que a família é obrigada a ressarcir ao Estado, o custo da bala, que fulminou seu parente.
Felizmente foi o único sinal de perigo, já que em toda nossa permanência, não vimos nenhum sinal de violência, embora nos demais taxis da cidade, aquelas grades estavam presentes.
Do aeroporto, fomos direto a um belíssimo restaurante onde belas recepcionistas, trajadas com lindos quimonos nos levaram até a mesa, especialmente reservada.
Apesar do cansaço e do "jet leg", desfrutamos de ótima refeição, prólogo de várias outras que viriam depois.
A mesa era redonda e no centro da mesma, numa outra giratória eram colocados os alimentos de que constavam o jantar.
Assim nos servíamos e girávamos a mesa interior, para o vizinho e para pegarmos outras comidas. A refeição constava de vários pratos, servidos em tijelas, com muitos vegetais, arroz,carne em pedaços, muito molho e algumas coisas para nós desconhecidas.Bebe-se muita cerveja; outra bebida forte, parecida com saquê e fuma-se muito, na China. Lá não chegaram as campanhas contra o tabagismo.
A seguir, fomos até enorme e moderno hotel, cujo restaurante no térreo tinha um estilo medieval, semelhante ao Távola Redonda, de Las Vegas, onde se come carne com as mãos, sob a luz de discretas velas.Senta-se em mesas de madeira massiça, pesadonas. É um lugar mágico.
Após a refeição, aqueles que ainda tinham pique, se dirigiram a uma rua onde existem inúmeras casa de massagem (no bom sentido), de onde voltaram revigorados.
Existem duas Chinas. Aquela que nós conhecemos na viagem e outra milenar, desconhecida dos turistas.
Notamos que como no Japão, aquele gatinho com uma perna levantada se encontra por toda a parte, é uma verdadeira febre.
Em 2002 a China era muito badalada, porém, bem longe do se falou e escreveu depois, principalmente, após Olimpíadas de 2008.
Pensei encontrar uma Shangai, ao nível daquela que conhecia dos filmes e livros, com ruas atulhadas de bicicletas, riquixás,casas com arquitetura típica e alguns becos escuros e sombríos, com resquícios das antigas casas de consumo de ópio.
O que ví foi uma cidade ultra moderna, coberta de prédios modernissímos, elevados,trânsito similar ás grandes cidades ocidentais e principalmente um rítmo frenético de novas construções.Gigantescos guindastes cortam o céu como enormes paliteiros.
Perto de nosso hotel, moderna avenida ostenta shoppings, restaurantes finos e as maiores e sofisticadas lojas de grife, de todo o mundo.
Grande rio, de onde partem navios de carga e passageiros, tem um movemento fantático e em suas margens vê-se edifícios futurísticos e uma torre monumental. Alí assistimos um espetáculo de ginastas e equilibristas, especialidades das quais os chineses são mestres.
A visita ao famoso museu de Shangai foi uma vistoria á China milenar, tal a quantidade de objetos, estátuas, jóias e preciosidades das diversas dinastias, que foram se sucedendo.
Uma coisa que constatamos é que apesar da China ser um país comunista e por ideologia ateu, é grande a religiosidade do povo.Visitamos enorme templo amplamente frequentado, dedicado a Buda, onde num pira perene, o fogo é objeto de pedidos da população, que alí deposita seus pedidos.
Para se ver alguma reminiscência da China antiga, torná-se necessário visitar o bairro antigo, preservado, onde se veem as antigas construções, riquixás, e um belíssimo jardim construído e preservado por um magnata da China imperial.
Para as compras de souvenirs e artigos de procedência duvidosa, fomos a enorme feira, onde em barracas, se encontra de tudo que se pode imaginar.
Outro passeio obrigatório foi a uma loja-fábrica de seda, onde se demonstra todo o processo de fabricação desse tecido, desde a plantação das amoreiras, á criação do bicho da seda, e á extração dos fios qee originarão esse cobiçado objeto de desejo. Alí são vendidas roupas de seda, que seduzem homens e principalmente, mulheres.
De Shangai fomos de ônibus, para uma cidade que é conhecida como a Veneza chinesa.
Passeio em barcos típicos constituem-se num dos principais atrativos da cidade.
Magnífico templo, coloca a cidade em evidência tal o número de visitantes procedentes, de todo o mundo.
Uma visita a uma grande cultura de abelhas e produtos derivados do mel, foi objeto de bela cerimônoa á qual compareceram autoridades da província. Interessante o costume dos orientais.Nas cerimônias, as autoridades e pessoas homenageadas são agraciadas com comendas de flores que são colocadas nas lapelas, para que os presentes os reconheçam. Todos os representantes de nossa comotiva foram devidamente prestigiados.
Na rua o povo é discreto, silencioso e se veste de maneira simples. Não se veem bermudas e muito menos mini-saias. Apenas aquelas saias longas,coloridas, com aberturas nas pernas sinaliza a feminilidade das mulheres.
De avião, fomos para Pequim ou Beijin como é conhecida pelos chineses, onde nos hospedamos também em enorme e moderno hotel, defronte a uma avenida com grande movimento.
Pequim, impressiona por seu tamanho e por seu ar extramanente poluído.O ar é quase irrespirável e se vê particulas de impuresas na atmosfera. Num belo restaurante que visitamos, cercados de paineiras, quase ficamos sufocados.Pessoas usando máscaras, são vistas por toda a parte.
Vê-se muitos bairros serem derrubados e reconstrúidos com enormes arranha-céus. O trânsito infernal com bicicletas disputando espaços com automóveis.
Uma visita ás muralhas da China em parte que fica próxima a Pequim, é passeio obrigatório e emoção certa, pois é difícil acreditar na grandiosidade daquela construção erguida a tempos imemoriais.Alí conhecemos jovem engenheira paulista, que alí estava á trabalho e se emocionou ao o ouvir idioma português. Foi nossa companheira nos passeio seguintes.
Não fomos a Xian ver os incríveis guerreiros e cavalos em tamanho natural, feitos em terracota e descoberto há alguns anos. São milhares e estavam soterrados. Felizmente pude conhecê-los em parte, numa exposição havida em São Paulo, algum tempo atrás.
Outra visita inesquecível é á Praça da Paz Celestial, a maior praça do mundo, onde se situam os grandes edíficio do estado.
Alí fica o mausoléu de Mao Tsé Tung, criador da China moderna e do regime comunista. A praça é rodeada por militares que especulam os turistas e dificultam fotos de locais proibidos.
Muito movimentado e visitada pelos chineses, que veem os turistas com grande curiosidade, os quais são fotografados e exibidos ás crianças, que nunca viram pessoas com olhos verdes, azuis, louras, ruivas, negras etc.
Ao fundo da Praça, sob um grande retrato do lider da revolução, Mao, está a famosa Cidade Proibida, imortalizada, pelo cineasta Bernardo Bertolucci, no filme " O último imperador".
A visita á Cidade Proibida emociona por sua grandeza. São inúmeras ricas construções que são alcançadas subindo várias escadarias, sob as vistas de monumentos e estátuas, e os olhares atentos de militares preocupados com a segurança de suas
riquezas.
Visitamos também templos suntuosos dedicados, a Buda e num deles o Buda é um jovem loiro.
Passeio imperdível á a rua das comidas típicas, que são consumidadas ávidamente pelos nativos chineses. Alí se encontra de tudo, escorpiões fritos, baratas tostadas, gafanhotos ao mel, galinhas, porcos, patos, etc, etc. Dizem que na China tudo que se move é alimento. Também saciar a fome de quase 1 milhão e meio de habitantes é tarefa hercúlea.
Jantamos num belo restaurante atrás dessa fólclorica rua, nos mesmo moldes da célebres mesas giratórias.Era o jantar de despedida da China e estavam presentes, brasileiros, chineses, coreanos, taiwaneses e japoneses, que participaram do encontro anual dos representantes da indústria de produtos naturais, que patrocionou o evento.
Comidas exóticas não faltaram. Algas servidas num molho gosmento foi um dos acepipes. Tive a oportunidade de perguntar do que se tratava, após degustar uma bela porção. Me foi respondido que era uma alga servida com esperma de um peixe de água doce. Fiquei pasmo e me lembrei de outro insólito alimento ingerido em Buenos Aires, numa suculenta parrilhada, que consiste numa porções de diversos tipo de carne, servidos á mesa, sob fumegante braseiro: bagos bovinos. Completei assim meu ciclo de pratos sexo-excêntricos...
Interessante é a competição travada á mesa entre os chineses. É considerado mais macho o que bebe mais, aquela forte bebida estilo saquê. Bebe-se um copo em seguida do outro e áquele que aguentar mais firme, vence a competição. Impressiona a quantidade ingerida e a resistência dos apostadores.
Fuma-se muito também na China, sem qualquer ação coercitiva do governo.
Notei para meu espanto, observando o povo chinês, que a grande maioria é magra, esbelta apesar de comer bastante e beber ainda mais. Na mesa se consome muita cerveja, nada de água.
No Japão se encontra pessoas obesas, mas na milenar China, não ví nenhuma pessoa acima do peso. Lembrei-me das visitas aos Estados Unidos, onde o número de obesos é assustador. Aquelas loirinhas lindas e esbeltas só se encontra nos filmes sobre adolescentes, universitários, etc. Na realidade, quanta diferença...
Tenho minha própria teoria a respeito acerca da esbelteza do povo chinês.
Na China abundam casas de chá, com centenas de espécies e para as mais diversas finalidades. Visitei algumas e observei que a preparação do chá segue rituais milenares e é consumido por toda população. Acredito que o chá tem poder emagrecedor e curativo. Aliado ao uso de bicicletas para o transporte e a prática de exercícios coletivos, como o Tai Tchi Chuam exercido por milhares de pessoas nas grandes praças,que concorrem para tornar um chines magro por excelência.
Por analogia me parece que o gaúcho riograndense, apreciador de churrascos, carne gordurosa e muito sal grosso, não é um povo condenado a doenças vasculares e do coração, devido ao fato de consumir muito chimarrão, que de certo modo, "limpa", as impurezas da gordura, ávidamente consumida.
Nos contatos que tive com o povo chinês, principalmente em Shangai e Beijin ví muitos yupees, jovens bem sucedidos que abarrotam os restaurantes e consomem roupas de grife. Alí parece que o comunismo corre ao largo e fica restrito á outra China, mencionada no início deste relato.
Para se conhecer a outra China aconselho a leitura do livro da jornalista da Rede Globo, Sonia Bridi, que morou na China, como correspondente, por cerca de 4 anos, e relatou sua experiência nesse livro.
Outra fonte é o recente filme italiano " A Estrela Imaginária", ao qual assistí recentemente.
O enredo trata de um técnico italiano, criador de uma válvula para seu usada num equipamento utilizada na indústria siderúrgica.
Uma destas máquinas foi vendida para siderúrgica da China e esse técnico descobriu que essa válvula, importantíssima, tinha um defeito de fabricação, que poderia trazer graves danos á siderúrgica e sua produção.
Após cuidadosos estudos aperfeiçou essa válvula e ficou com a consciência pesada e decidiu de substituir a válvula danificada, vendida á China.
Ocorre que por se tratar de cliente esporádico, que adquiriu a máquina por terceiros, esse técnico não teve apoio de sua empregadora para se locomover á China e efetuar a devida troca da peça.
Não tinham sequer o nome da siderúrgica, nem o local em que se situava.
Obstinado o técnico italiano, juntou seus recursos economizados e embarcou para a China, objetivando efetuar a devida troca da válvula.
Chegou a Pequim e sem conhecer uma única palavra do mandarim e sem saber se locomover e onde se localizava a fábrica, contratou os serviços de uma jovem chinesa, que falava italiano para auxiliá-lo em seu mister.
O fato de um cidadão ocidental estar em companhia de uma jovem chinesa causou grande curiosidade e todos olhavam surpresos para o estranho casal. O italiano, quarentão, narigudo, algo taciturno e a chinesinha, 22 anos, magrinha, realmente formavam uma dupla "sui generis" e como uma das primeiras providências, foram a uma espécie de chefatura de polícia, solicitar informações.
Alí foram tratados com grande desconfiança, detidos e a peça trazida, amedrontou os policiais que a primeira vista pensaram se tratar de uma bomba.
Com uma comunicação difícil o italiano desmontou a peça e desesperado, tentava explicar ao comissáro a razão de sua ida á China.
Foi detido e encarcerado, enquanto a jovem chinesa ficou sendo interrogada. Após algumas horas o técnico foi solto e recebeu sua peça desmontada. Se dirigiu então a um elevado, nas imediações da delegacia e montou seu suposto artefato, quando notou que faltava, importante e fundamental peça.
Após alguma horas de vigília, viu a chinesinha que deixava o edifício, com alguns ferimentos no rosto. Alarmado, se dirigiu á mesma, solicitando o relato do que havia acontecido.
Com naturalidade a chinesa informou que na China era assim mesmo e que estava acostumada, para ele não se preocupar. Queriam apenas informações da razão da viagem do italiano ao país. Este então lhe informou que a viagem estava cancelada, pois sem a peça faltante, a válvula não funcionaria. Ao que a chinesinha tirou, com um sorriso, de suas vestes, a pequenina peça.
Começaram então uma maratona de visitas e pedidos de informação, visando a localização da siderúrgica procurada,e nesse ínterim a jovem foi inteirando ao técnico os aspéctos culturais, sob o prisma do cidadão comum, de seu milenar país.
Levou-o então ao local que morava, uma república, onde viviam muitas mocinhas de aspécto similar, á nossa protagonista, com quartos minúsculos onde se misturavam roupas, alguns móveis e camas onde dormiam, amontoadas.
Descolou então para seu patrão italiano, com uma vizinha, um banho, numa banheita emprestada.
Perguntada pelo técnico por que optou por aprender o italiano, a jovem lhe respondeu que como não tinha as melhoras notas na escola, teve que renunciar ás linguas mais valorizadas como o inglês, porque a concorrência lhe vedaria a entrada na faculdade. Com o italiano que era uma língua menor, quase desconhecida, suas chances seriam maiores.
Numa visita a uma repartição a jovem teve um momento de fraqueza, começou a chorar e o técnico condoído, ofereceu seu ombro para consolá-la. Um rapaz vendo a cena e julgando erroneamente , aos brados começou a chamá-la de prostituta, ao que a jovem virou uma leoa e reagiu violentamente, ante o olhar estupefato do italiano, que não estava entendendo nada. Novamente a jovem desconversou e disse que na China era assim mesmo.
Explicou ao italiano o significado das estrelas que fazem parte da bandeira chinesa: a honra do povo,sua honestidade, o amor ao trabalho, á pátria; daí o título do filme " A estrela imaginária", aquela que ficou faltando.
Após muitas pesquisas descobriram uma siderúrgica que havia adquirido uma máquina na Itália. Continuaram seu périplo chines, bastante esperançosos, porém, para decepção do técnico constataram não ser a mesma, já que máquina italiana havia sido adquirida há mais de 10 anos.
Para sua surpresa o técnico constatou as precárias condições de trabalho vividas pelos empregados da siderúrgica. No meio da produção com péssimas condições de higiene viviam famílias, com muitas crianças, cujo trabalho era fazer a limpeza, no meio de toda aquela confusão. Moravam na fábrica, em meio á produção, nas condições, as mais insalubres.
Horrorizado deixou a fábrica e conduzido pela jovem se dirigiram á aldeia natal da pequena intérprete.
Numa pequena casa, junto com outras famílias viviam sua idosa avó, que os recebeu bastante emocionada, já que não via a neta há mais de dois anos. A jovem perguntou então onde estava um menino que a senhora criava e foi-lhe respondido que estava brincando fora com outros garotos.
A jovem se dirigiu ao pátio e emocionada tomou o garoto de 4 anos nos braços. Disse ao italiano que se tratava de garoto abandonado ao nascer e que estava sendo criado por sua avó.Explicou que na China o governo adota a política de filho único e que se os casais não a seguem poderâo pagar pesadas multas, além de outras penalidades. Como os casais preferem meninos é grande o número de meninas abandonadas ou vítimas de infanticío ao nascer. O número de abortos também é muito grande, quando a mãe descobre o sexo do feto, ao fazer o pré natal.
Disse ainda que uma moça solteira que fica grávida, cai em desgraça, fica difamada e sem condições de arrumar emprego ou estudar, principalmente nas pequenas aldeias e o bebê geralmente é abandonado.
Durante o período que passou na casa da avó da jovem, o técnico se apegou ao garoto, muito vivaz e inteligente e praticamente não se desgrudaram.
Tinham, porém de continuar a procura á siderurgica e prosseguiram viagem, nas mais precárias condições, em ônibus e caminhões.
Acontecem momentos de ternura em que a jovem já bastante apegada ao técnico tudo faz para tornar a viagem mais confortável, inclusive, dividindo a pouca alimentação que consegue.
Viajando na carroceria de um caminhção lotado, a jovem diz que perto dali se encontra uma das maiores barragens do mundo.
Lembrei-me então de palestra proferida por Joemir Betting, acerca da China, onde o mesmo afirmou que um dos maiores entraves para o futuro progresso daquele país é a falta d'água, já que sua principal fonte de abastecimento, o Rio Amarelo se encontra saturado, pois tem que fornecer bebida á população, suprir o aumento das necessidades das fábricas e abastecer as necessidades crescentes da agricultura. Assim faltará água para a agricultura e países como o Brasil, grandes produtores de alimentos, poderam se beneficiar, exportando em grande quentidade, alimentos para aquele país.
Condoído pelas agruras que tem feito a jovem passar, em sua inglória busca, resolve dispensá-la de suas funções, mesmo porque não havia combinado nenhuma paga por seu trabalho, ao que a jovem recusa veementemente e diz que vai com ele até o fim.
Aproveitando um momento em que a jovem, dorme exausta, o técnico dá dinheiro para a motorista do caminhão levar a jovem e coloca em suas vestes, praticamente todo seu dinheiro. Segue então sozinho a procura de fábrica que teria adquirido a máquina italiana há menos de um ano.
Exausto, chega á siderúrgica e desconsolado fica sentado em frente á mesma com a peça na mão. Desconhecendo o idioma fica horas tentando se comunicar, até que um técnico chinês se aproxima e vendo a peça perece entender sua serventia. Através da mímica o técnico tenta explicar a razão de sua vinda e o chinês se encarrega de levá-la á siderúrgica, já que a entrada do técnico na fábrica, é proibida.
Esperançoso e acreditando ter cumprido o objetivo de sua viagem, após o exaustivo périplo,pelo território chinês, o técnico inicia sua jornada de volta.
Ocorre que o técnico chinês inicia uma série de consultas a seus colegas e cada um vai descartando qualquer providência alegando que todas as peças são iguais, até que um deles, descarta a peça, arremessando-a no lixo...
Sujo, faminto e exausto o italiano, chega num bifurcamento de estrada e encontra a jovem sentado num banco, com a esperança de encontrá-lo.
Segue-se um diálogo terno, a jovem divide um pedaço de pão e confessa que o menino da aldeia é seu filho, o qual teve, seduzida por um rapaz e teve que deixá-lo com sua avó, para tentar estudar e dar melhores condições de vida a ambos.
Sente-se no ar um clima entre o italiano quarentão e a jovem chinesa, e juntos prosseguem o caminho de volta, ficando o futuro na imaginação dos expectadores...
Conclui-se que é o encontro entre uma civilização moderna européia e a milenar chinesa, suas diferênças, problemas e esperanças.
Como ideia, seria a construção de um grande centro cultural, em vasto espaço, onde os visitantes teriam acesso a pavilhões com artigos chineses, um teatro para apresentação de peças, espetáculos de equilibrismo, shows de tambores, exibição de filmes, etc. Um local para a experimentação das várias espécies de chás e suas várias infusões. Um espaço para as festas tradicionais, como Ano Novo, com seus dragões, lanternas e vestes coloridas, reuniões para a prática do tai tchi chuan e outras artes marciais. Templos completariam o ambiente, que seria um pedaço da China no Brasil.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Olhares especulativos

Para o brasileiro de classe média, de nível superior, com acesso aos recursos da Informática e Internet, morador em residência bem localizada,numa boa cidade, dotada de todos recursos da tecnologia,frequentador de bons restaurantes, teatros e espetáculos, possuidor de bom veículo, com a acesso a viagens nacionais e internacionais, torna-se difícil se surpreender com novidades e atrações em suas idas ao exterior.




De fato, hoje em dia, cidades como São Paulo, são pródigas em espetáculos de nível internacional, como as melhores peças da Broodway, artistas top e pop mundiais, os principais filmes são lançados simultâneamente, exposições nos trazem os expoentes das artes e a Internet, TV a cabo e o mundo globalizado são transmitidos de imediato, a medida que os fatos acontecem.




Mesmo assim quando viajo procuro conhecer o país visitado como um nativo, procurando me misturar ao povo e sentir o país em sua integralidade, procurando abstrair novos conhecimentos e informações críticadas, conforme meu prisma pessoal.




Em meados de 2002 tive oportunidade de emprender viagem de cerca de um mês, ao Japão e China. Fiz parte da comitiva de uma empresa "joint venture" japonesa, á qual prestava serviços e assim tive oportunidade de conhecer a vida empresarial e também fazer turismo.




No Japão começamos pelo sul, na província de Kumamoto e daí fomos a Osaka, Kioto, Toquio, Yokohama e várias cidades menores, ao redor das metrópoles.




No mundo empresarial, pude notar, na empresa familiar que visitei, um sistema patriarcal, onde a vontade do presidente é suprema e todos a obedecem, indiscriminadamente.




Nosso cicerone era um diretor da empresa anfitriã, discreto até subserviente, e entre suas funções estava dirigir a van que nos conduzia, carregar nossas malas, cuidar de nossa alimentação e nos conduzir aos passeios. Interessante é que eu já o conhecia de viagem que o mesmo empreendeu em visita á nossa "joint venture", em São Paulo. Aqui foi tratado de forma "vip" e como muitos executivos orientais que vem para o Brasil, quis conhecer nossas "meninas",nossa caipirinha, participar de festinhas, comprar pedras semi-preciosas, etc. Quando estão no seu habitat, quanta diferença.




Éramos um grupo de 3 casais (incluindo o presidente de minha empresa) e uma "single".




Os horários dos trabalhadores são os mais prolongados possíveis e todos os cumprem obedientemente, não existindo o conceito, horário extraordinário. Notei que na região, á época, os empregados que conheciam informática eram super valorizados e os que se cominicassem no idioma inglês, tinham o maior conceito. Estranhei o fato, pois em 2002 o inglês já era a lingua da comunicação internacional e deveria ser fluente para muitos japoneses.




As principais atrações da provincia visitada foram um castelo construido no século XVII, um vulcão em atividade permanente, chamado Azo, do qual subimos até sua cratera e sentimos sua explosão de lava incandescente, vinda de suas entranhas. A região é prodiga em saunas naturais e visitamos uma, onde foi possível usufruirmos de suas águas.




Outra atração da cidade é um parque onde está construída uma miniatura da topografia japonesa, com seus lagos, rios, montanhas e vegetação peculiares. É muito bonito e nos propiciou participarmos de uma cerimônia do chá bastante típica.




As pessoas na rua são contidas, educadas e silenciosas.As moças vestiam-se de modo recatado, sem quaisquer tipos de minis; saias ou blusas. Arroubos amorosos entre os jovens, como estamos acostumados, também não foram vistos.




A moda na região para as jovens, era usaram vestidos sobre calças compridas e usarem sandálias, vários números maiores que seus pés e ao caminharem se ouvia um quase ensurdecedor "Plac, plac, plac".




Participamos também de uma cerimônia oficial da empresa, comandada por seu presidente, o qual nos ofertou com mimos e diplomas escritos em caractéres japoneses. Em seguida foi nos oferecido um jantar de gala, onde sentados em posição de lotus, fomos servidos por gueixas, que nos brindaram com exóticas comidas, incluindo a saldável( para eles) e cara, carne de cavalo.




Os jantares geralmente eram servidos muito cedo e tinhamos de ir direto dos passeios ou compromissos para as mesas, sem passarmos pelo hotel para um banho. Enfim no Japão como os japoneses...




Fomos de avião de Kumamoto, para nosso próximo destino, Osaka, onde aterrisamos no movimentadissimo aeroporto internacional. Era mais de 8 horas da noite e daí nos dirigimos até o aeroporto doméstico, onde nos hospedamos em hotel situado dentro de suas instalações, cujo acesso até o terminal era direto dos apartamentos, por elevador.



No restaurante local notamos algo que se tornou em praxe em todos os demais ,que visitamos. Na entrada, em vitrines especiais, estão afixidadas réplicas moldadas de plástico, dos pratos que o restaurante oferece. Evidentemente isso ocorre devido ao fato do país receber muitos visitantes, que não conhecem o difícil idioma nipônico e assim apontando o que se quer comer, o problema se resolve. Os preços estão em dollar e yens.



Isso invalida aquela piada do consumidor que não conhece o idioma do país visitado, e fica chaqualheando os braços para pedir galinha... e come a mesma coisa todo dia...



O aeroporto internacional dista cerca de 100 quilómetros do doméstico e fizemos o trajeto em van especial, que percorre todo o caminho sobre um viaduto estilo nosso conhecido minhocão .Aliás, Osaka é cortada por inúmeros viadutos similares, o que dá a cidade uma impressão futurística. Como em São Paulo, cruzamos a cidade ao nível do segundo andar dos prédios vizinhos e pudemos observar que em plena 9 horas da noite, as luzes dos escritórios estavam acesas e via-se muita gente trabalhando. Nosso guia que merece um capítulo a parte, explicou ser normal os funcionários trabalharem após o expediente, sem nada receber em troca. Isso é considerado uma colaboração especial á firma e essa participação é fator para tornar o emprego estável, com raras demissões, para quem assim procede.



Descobrimos depois que Osaka tem praticamente 3 níveis, pois além desse superior por onde correm suas vias expressas, existe um enorme sub- solo onde estão instalados muitos serviços que fazem a cidade funcionar e muita gente trabalha nesse pavimento inferior.



Nosso guia era um gerente da filial de Osaka, que foi escalado para acompanhar o grupo em sua estada em sua cidade e o mesmo se empenhou nessa missão com a garra de um samurai. Incansável, procurava nos atender em todas as necessidades e logo pela manhã estava á postos, preocupadíssimo para não cometer quaisquer falhas.


Por seu aspécto físico, postura e compenetração, ganhou do grupo o apelido de "Gafanhoto", o discípulo predileto do mestre da famosa série Kung Fu.


O transporte público no Japão é algo inacreditável. O horário de saída dos ônibus, trens, metrôs é implacável e Gafanhoto sempre nos levava em cima da hora e nunca perdemos nenhuma partida.


A parte alta da estada em Osaka foi um passeio de dia inteiro na vizinha cidade de Kioto, antiga capital imperial, famosa por seu grande número de templos budistas e shintoístas, um mais bonito que o outro, situados em locais arborizados e com lindos jardins. Fontes enfeitam o ambiente e existem vários locais para rituais religiosos.


Após as visitas aos templos conhecemos dois museus; o do leque, com as mais variadas de espécies e um dedicado a famosa cantora, falecida, que era originária da cidade. Foi uma visita emocionante.


Um fato pitoresco deu-se durante o almoço.


Fomos num típico restaurante japonês e foi-nos servida uma especie de sopa com um macarrão parecido com miojo, prato muito tradicional no país.


O grupo estava numa grande mesa e a famosa sopa foi servida em tijelas e os tradicionais paulizinhos, o qual, já estavamos acostumados a usar.


Começamos a comer quando passamos a ouvir sibilantes chupadas de sopa, "shuuuuu". Atônitos nos viramos para verificar de onde vinha tão insólito som e constatamos que partia da boca do amigo Gafanhoto. Envergonhado por ser o senhor de todas atenções, Gafanhoto normalmente amarelo, ficou imediatamente, vermelho.


Logo veio a explicação por parte do Presidente de nossa empresa. É costume no Japão, tomar sopa emitindo aquele sibilante som e Gafanhoto somente estava seguinte o costume do país. Até hoje rio quando me lembro, da esdrúxulo acontecido e do pobre desconcerto do esforçado Gafanhoto.


Despedimo-nos com grande pesar do querido amigo Gafanhoto e embarcamos para Tóquio, derradeira etapa de nossa viagem.


Chegando ao aeroporto de Narita seguimos para o centro da trepidante cidade e nos hospedamos no enorme e monumental Hotel Roosevelt, onde com exceção dos quartos, tudo é grandioso.
O café da manhã pode ser oriental ou ocidental e o primeiro tem de tudo que não costumamos comer pela manhã, desde algas, porcos, peixes crus, arroz, doces esquisitos e muito, mas muito, molho.

A cidade tem um movimento frenético e tivemos como guias um casal de jovens funcionários do escritório central da industria. Fizemos uma visita á empresa e depois fomos conhecer as grandes lojas de artigos eletrônicos, cuja variedade é de pasmar.


Para meu espanto a maioria dos vendedores não fala inglês e apesar da quantidade de artigos á venda, a coisa que mais me impressionou foi um robô cãozinho, que já havia visto numa reportagem do Fantástico.


No passeio pela cidade notei muitos pessoas entregando pequenos saquinhos contendo lenços em envelopes de propaganda, tal como acontece aqui, com os célebres entregadores de panfletinhos.


Logo constatei a utilidade dos mesmos. Ocorre que nos sanitários de Tóquio nos existem os papéis para enxugarmos as mãos, nem as indefectíveis maquinas que emitem vapor e se não transportarmos os lencinhos " é problema".


Visitamos famosa cerimônia do chá e as cercanias do Palácio Imperial, já que não é permitido chegarmos muito perto e lojas e mais lojas, onde adquirimos relógios, quimonos e souvenirs e o que mais se encontra é o gatinho com o braço levantado. Aliás, de acordo com cada braço erguido existe um significado. Verifiquei na volta que a maioria dessas compras podem ser adquiridas aqui mesmo na Liberdade, inclusive a preços melhores.


Os jovens na rua são mais moderninhos e se vê muitas jovens com cabelos coloridos. Em todo local o japones tem em mãos sempre um moderníssimo celular, que serve para todas as necessidades, até para a comunicação.


Interessante é que na porta de algumas lojas existem caixas contento centenas de aparelhos descartados, quebrados ou fora de uso, que os turistas recolhem avidamente, para depois sem dúvida descarta-los, pois ninguém, em sã consciência, irá colocar nas bagagens tanta tranqueira.


Impressiona em Tóquio o sistema de transportes, pontual e sempre lotado e o mais importante servindo toda a cidade e regiões. O metrô sempre cheio tem funcionários encarregados de "compactar" os passageiros. São educados e inclusive usam luvas brancas.

Numa das viagens, já embuido da civilidade nipônica, me surpreendi com um rapaz que após abrir uma chocolate, jogou o papel no chão. Com expressão de censura, recolhi o papel e o joguei no lixo mais próximo. No Japão, como os japoneses...


Durante a estada em Tóquio, tomamos um trem estilo "bala" mas não tão veloz e nos dirigimos para a região do famoso Monte Fuji. Passamos por Yokohama, grande cidade que parece em suburbio de Tóquio. Não existem separações das cidades, é tudo junto. Alí, fica o famoso estádio onde o Brasil venceu a final da Copa do Mundo de 2002. Notamos pelo caminho que praticamente todo o território japonês está ocupado. Em qualquer terreninho se vê plantações de verduras ou legumes ou mesmo túmulos formando pequenos cemitários. Por aí temos que admirar povo tão pujante e um país com tanto desenvolvimento, mesmo ser ter matérias primas, minerais, grandes produções agrícolas e pecuárias.


Dizimado pela segunda grande guerra, o país, sem esses recursos conseguiu ser a segunda potência mundial.


Chegando numa parada numa cidadezinha típica onde tivemos uma emoção diferente. Tinhamos um cãozinho, raça yorkshire, chamado Dotty, que era alegria da casa. Inclusive carregava sua foto em minha carteira, para matar as saudades. Eis que de repente, minha esposa se deparou com um simpático velhinho conduzindo um cãozinho idêntico á nossa Dotty. Emocionada, com saudades de casa, minha esposa correu para fazer festas ao pequeno animal, que imediatamente correspondeu aos agrados. Sentimos no ato a emoção do velhinho, ao ver uma senhora estranha, estrangeira, brincando com seu cãozinho e senti a fraternidade existente entre os seres humanos, quando irmanados com sentimentos comuns, no caso, o amor aos animais. Foto tirada, ainda hoje nos enche de nostalgia.
Embarcamos, a seguir, em novo trem para a subida de uma serra. A viagem é das mais peculiares, pois o trem vai subindo a serra em movimentos de zig- zag, até chegar na próxima parada. Alí encontramos restaurantes, bares, um museu de artesanato e no interior de um bosque, em cujo caminho deparamos com numerosas esculturas, está o maior museu de obras do grande pintor e escultor, Picasso, fora da Espanha.


Continuamos a subida em ônibus e chegamos até uma parada onde em restaurante típico encontramos os famosos ovos pretos, atração turística do local. Dizem que isso ocorre devido a água, que as aves consomem, vir de uma região vulcânica.


Continuando a escalada chegamos a um grande lago, situado no alto da serra, onde embarcanos em charmosos navios, estilos piratas, num passeio de beleza incomum. No trajeto tivemos a oportunidade de vislumbrar por breves momentos, o famoso Monte Fuji, um dos símbolos da nação. Fato raro, pois o famoso monte, na maior parte do tempo está coberto por nuvens.


No retorno, pernoitamos em hotel- termas típicamente japonês, onde usamos quimonos e dormimos em tatames tradicionais, no chão. Oforus e banhos termais estavam á disposição para uso dos hóspedes e a comida também seguia a tradição milenar.


Retornamos a Tóquio revigorados.


Aproveitamos os últimos dias da viagem em compras e conhecendo alguns templos, alguns com Budas imensos. Aliás, os Budas são um capítulo á parte. São representados de várias formas diferentes, gordos, magros, jovens,velhos, raivosos, e amistosos, conforme seu estado de espírito, ou representando fases de sua existência.


Registre-se que encontramos na época, também, pobres nas ruas e a Prefeitura da cidade, permite que os mesmos se recolham á noite, nas estações dos metrôs, para os mesmos se refugiarem das chuvas e temperaturas baixas.


Interessante é que em muitos locais, como Kioto, guardas- chuvas de boa qualidade, são oferecidos aos transeuntes graciosamente, quando existe mau tempo.


Ao entrarmos nos estabelecimentos, equipamentos especiais envolvem com plásticos os guarda-chuvas para não molharem esses locais. Em São Paulo, em alguns espaços, já temos semelhantes artefatos, porém, em 2002, me eram desconhecidas.



Um detalhe que me chamou á atenção nas ruas de Tóquio é a existência de uma faixa saliente para que as pessoas deficientes visuais poderem se locomover. Tempos depois notei que em alguns locais de São Paulo, como a estação do Metrô Liberdade e no Centro Cultural São Paulo essas faixas estão sendo introduzidas.


Tal como New York, Tóquio tem regiões que á noite parece dia, tal o número de luminosos que os prédios ostentam; é a marca da cidade. Um certo prefeito de São Paulo, ao ver isso por certo ficaria aflito.


Um réplica da Torre Eifeel é um ponto turístico muito visitado e devido sua altura é vista a muita distância. Lembra um pouco, Las Vegas que tem uma similar.( Todas querendo ser Paris...).


Afora os famosos hotéis cápsulas, com pequenas camas e TV, utilizados pelos japoneses, que exageram no "happy hours", após o trabalho e as salas de banho existentes em alguns sanitários.

A maior novidade encontrada, disponível em muitos hotéis, foi sdaniotário-bidê. Junto com do vaso sanitário se encontram vários botões que acionados, emitem certeiros jatos de água fria, morna ou quente, de acordo com a vontade do cliente.

"Le grand finale" de nossa viagem foi um farto jantar pela Baia de Tókio, com comida típica, bebida farta e uma interminável seção de karaokê. Foi muito bonito ver a cidade á noite, navegando com as estrelas. E um gosto de quero mais...


Devido a grande colonia japonesa existente na capital paulista, inclusive com bairros típicos da colônia, como a Liberdade, com seus portais típicos, como já foi dito, não encontramos muitas novidades na Matriz. Aqui existem centenas de restaurantes especializados na cozinha oriental, muitas lojas vendem seus produtos, karaokês estão espalhados, academias de artes marciais, escolas de idiomas, do ensino do bonsai, escrita, dobraduras, etc, estão por toda parte. Festas típicas são frequentemente organizadas como a das cerejeiras em flor, das estrelas, do ano novo e o festival anual das províncias. Exposições de orquideas são um espetáculo, á parte.


Para trazer á nossa cidade ficam algumas ideias.


Por que não enriquecer nossa cidade, a exemplo do Japão, com a criação de novos museus, homenageando nossos grandes representantes, que já nos deixaram, e aqui eram radicados como as célebres cantoras Elis Regina, Isaurinha Garcia e tantas outras. Acervo para tanto, não faltam.

Outra ideia é a criação de um Memorial do Automobilismo, que poderia ser instalado perto do Autódromo de Interlagos. Tivemos muitos campeões como Senna, Emerson, Piquet, sem contar com outros pilotos de grande categoria que disputam ou disputaram as Fórmulas 1 e Hindy, como Pacce, Wilsinho,Cristian, Castroneves, Rubinho, Nelsinho, etc, além de alguns pioneiros, como Landi e Barberis.

Carros antigos utilizados, capacetes, macacões, filmes, fotos, etc, poderiam ficar ali expostos e tenho certeza que visitantes não faltariam, nacionais e estrangeiros, já que o brasileiro é fã de carteirinha, desse esporte.

Finalmente algum empresário poderia trazer e adaptar em nosso país, os confortáveis sanitários bidê, tão ao gosto dos nipônicos. Acredito que os bons hoteis, restaurantes finos, clubes e mesmo residências poderiam aderir a essa comodidade, que poderiam ser aperfeiçoadas, dotando-as de dispositivos asséticos para melhor higienização das águas, bem como tornando-as perfumadas, aromizando-se assim, o ambiente. A emissão de ar quente poderia completar o equipamento e o usuário, saíria satisfeito com o conforto usufruido.



Os donos da terra

Não sou daqueles que nunca dão esmolas baseado no argumento que geralmente os pedintes são malandros, que não se deve dar o peixe e sim ensinar a pescar ou de olhar pelos menos favorecidos é única e exclusiva responsabilidade dos Estado.Pela minha própria experiência pessoal, em minha carreira carreira profissional, já tive altos e baixos sendo que por diversas ocasiões, por várias razões me ví desempregado. Apesar de possuir vários diplomas de nível universitário, conhecer idiomas, informática e conhecimento em muitas áreas e ter o apoio de familiares e amigos, algumas vezes levei meses para me incluir no mercado de trabalho. O que dizer desses infelizes, sem instrução, moradia, alimentação adequada para quem as dificuldades ultrapassam o imginável?Lógico que não sou nenhum ingênuo e sei que existem muitos desqualificados que abusam da bondade alheia e procuram mentir, iludir e ludibriar a boa fé alheia.É o caso daquele cidadão argentino,alto, forte com o qual já me deparei algumas vezes e sempre vem com a mesma pergunta: "hablas espanõl?" e começa com o rosário de lamentações dizendo que está desempregado, que a situação em seu país está desesperadora, que poderia roubar ou assaltar, mas prefere pedir, etc,etc.Ou daquela senhora das escadarias do metrô, dizendo que está com cancer e voltando de atendimendo no Hospital São Paulo, com fome e sem dinheiro para retornar á sua cidade no interior. Pede então dinheiro para comer e completar a passagem.Ou aquele velhinho que faz ponto na Avenida Paulista, defronte ao Center Três, trazendo em mãos velha receita médica epedindo aos transeuntes dinheiro para aviar a receita. Vejo-o diariamente há anos e gostaria de ver sua reação se algum passante condoído lhe pede a receita e se prontifica a comprar os medicamentos na Drogaria São Paulo, do outro lado da avenida...De minha parte porém, esmola certa é pra as indiazinhas que geralmente acompanhadas de várias crianças pequenas, fazem ponto em várias esquinas do centro, sujeitas ás várias situações e intempéries.Nunca vejo os índios seus maridos, os quais na certa, ficam em suas casas humilhados por suas situações servís e buscando consolo na bebida.Na verdade são eles, os índios os verdadeiros donos de nossa terra e é de cortar o coração vê-los nessa degradante condição.Foram eles que por milênios habitaram nossas terras, vindos para cá em ép0cas arcaicas, cuja origem é fonte de celeuma entre os estudiosos. São descendentes de asiáticos, nômades de entraram nas Américas pelo Polo Norte, a procura de maior fartura de caça e pesca? Vieram na época em que as terras ainda eram ligadas antes das formações dos atuais continentes?O fato é moravam nas Américas muito antes dos grande descobrimentos e eram senhores absolutos dos territorios.Espanhóis, portugueses, ingleses, holandeses, franceses aqui os encontraram em variados estágios de cilvilização.Logo a ganância dos conquistadores ávidos de riquezas fáceis os dominaram, escravizaram, seviciaram suas mulheres, pilharam suas riquezas, enfraqueceram sua raça através de doenças por eles desconhecidas e introduzindo o hábito da bebida.Em nosso país os índios ocupavam nosso território em tribos que se fixavam no litoral e outras nas florestas do interior. Podiam ser nômades ou estabelecidos em regiões.Viviam da caça, da pesca, de frutos colhidos nas dadivosas árvores e da inciíente agricultura de subsistência. Tinham suas crenças, costumes e hierarquia. Eram chefiados por caciques e tratados em seus males de corpo e espírito por pagés que conheciam o segredo das plantas e ervas. Eram vaidosos, se enfeitavam, pintavam mas desconheciam a malicia e não tinham vergonha de seus corpos. Os fixos na terra viviam em ocas, que reunidas formavam as tabas.Esses indios orgulhosos de sua raça e origem foram glorificados poe escritores chamados indianistas sendo seu maior expoente, José de Alencar, que sublimou a figura do indígena em obras como: " O Guaraní", "Ubirajara", "Iracema, a virgem dos lábios de mel", etc. Nosso músico maior, Carlos Gomes, imortalizou-os na formosa ópera, " O Guaraní", em cuja estréia no famoso Teatro Sala de Milão, encantou os europeus.Ocorre que o branco insidioso promoveu um verdadeiro genocídio, matando os indigenas com suas doenças, escravizando-os e introduzindo-os no hábito do consumo da aguardente.A etapa final foi o roubo de suas terras, a destruição dasflorestas, a poluição dos rios, culminando com a destruição de sua cultura, já que o indio subjugado foi obrigado a esquecer sua língua, suas crenças e costumes.É posisso que hoje nos deparamos com as indiazinhas, verdaeiras párias da sociedade, obrigadas a esmolares nas ruas para poderam alimentar precariamente seus filhos.Embora não conheça, tenho conhecimento da existência de uma derradeira aldeia indígina, no bairro de Parelheiros, periféria da capital.Embora reconheça ser utópica, munha sugestão é a seguinte. Está o governo federal apregoando a construção de um milhão de casas para a população carente do país.Por que não se aliar o Poder Público e a iniciativa privada no sentido de resgatar nossa responsablidade e culpa para com nossos irmãos silvícolas? sabemos que a iniciativa privada é capaz de grandes obras como foi o caso do preservação da Língua Portuguesa, na região da Luz, mais precisamente na antiga estação férrea. Centenas de estudantes e povo em geral a visitam diariamente e é um orgulho de nossa cidade. É o caso tabém do Memorial da America Latina, constrída pelo governo de São Paulo, visitada por um grande número de munícipes e turistas.A proposta é urbanizar a ladeira dos índios, dotando-a de saneamento básico, a construção de casas em forma de obra, com as benfeitorias necessárias, a formação de um grande lago, piscoso,um amabulatorio bem montado para uso dos residentes e indios vindos de outras partes e a construção de alojamentos, higiênicos e confortavéis para os visitantes. Uma escola em que os indígenas aprenderiam suas línguas, preservariam seus costumes e aprenderiam também matérias hoje necessárias para a sobrevivência, bem como o ensino da informática.Umgrande centro cultural para estudo da língua e costumes e uma biblioteca para preservação do conheciento através de livros, gravações, obras de arte, etc. Um centro de artesanato para que os índios exerçam suas habilidades e pontos de venda para distribuição das produções.Uma cozinha comunitária para a confecção de alimentos típicos, fabricação de farinhas, bebidas e doces da cultura indígena. Um restaurante para os visitantes poderem usufruir da comida e uma horta comunitária para a plantação de milho, mandioca, cará e outros vegetais da cultura.Um centro de esportes onde os índios possam exercer suas lutas, danças e rituais e um teatro para serem encenadas peças, cânticos e rituais. Play grounds completariam o local.Cernado a aldeia a formação de uma floresta nos moldes da existstente á época da descoberta e um mini zoológico com espécimes de animais com os quais os índios conviviam.Os própros indios poderia exercer as funções administrativas, artísticas, culturais, etc, sendo supervisionados por especialistas.A parte econômica da aldeia seria coberta com a corança de ingresso dos visitantes, por patrocínios, venda de artesanato, comidas,videos, CDs, direitos, etc.Acredito que com a criação de um local assim, preservariamos a identidade dos índios, sua dignidade e diminuiramos nossa culpa pelos erros de nossos antepassados.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

de olhos bem abertos

Para uma pessoa criativa e com espírito empreendedor, viajar é uma das formas mais eficazes de inspiração para se conseguir novas ideias ou adaptar outras para nossa realidade.
Alguns anos atraz, antes do surgimento do mundo globalizado, da invenção da Internet, da TV á cabo e da abertura das importações, sem o arrocho das leis protecionistas, a viagem de um brasileiro para o exterior representava um mundo de novos conhecimentos e a visão de novidades, até então inacessíveis ao cidadão médio. O alto custo das passagens, hotéis e passeios, dado o baixo valor de nossa moeda era outro fator que fazia que o brasileiro ficasse circunstanciado ás suas fronteiras.
Assim o simples ato de beber uma cerveja estrangeira, fumar um Malrboro, andar num carro de marca internacional, assistir um espetáculo no Lido ou na Broodway era festejado como um fato incomum, para dar inveja aos menos privilegiados.
Hoje a situação mudou muito, pois o Brasil fabrica ou importa produtos do mundo todo e viajar não mais é um fato inusitado e fora do comum.
Mesmo assim para um espírito arguto e observador viagens continuam sendo uma fonte de inspiração para novos projetos e iniciativas e podem ser muito úteis e lucrativas. Para isso acontecer, pode-se usar desse expediente mesmo em viagens nacionais e mesmo em sua própria cidade.
O importante é conhecer coisas e procurar uma forma de desenvolvê-las e mesmo aperfeiçoá-las.
Pode-se analisar deficiências de algumas cidades ou regiões e criar formas de resolvê-las e assim trazer benefícios para si e para a comunidade.
Á partir de 1973 minha empresa iniciou a construção de uma fábrica, no então incipiente Polo Petroquímico de Camaçari, nas imediações de Salvador, e para isso, tive a oportunidade de efetuar inúmeras viagens para aquele estado.
Ao todo deviam ser construidas cerca de 30 fábricas similares e a inauguração das mesmas, estava prevista para o ano de 1978.
Como o estado não dispunha de mão de obra especializada para a construção e posterior operação dessas fábricas de alta sofisticação técnica, tornou-se necessário o recrutamento de muitos engenheiros, técnicos e operadores de outras regiões do país.
Esse fato trouxe um "boom" de construções de prédios residenciais, hotéis e por consequencia obras de melhoria de saneamento, infra estrutura, novas vias, nunca vistos em Salvador.
Essa população em sua maioria sulista, que veio morar na capital baiana, procurou fixar residência nos bairros mais residenciais , como Campo Grande, Graça, Barra, Barra Avenida, Ondina, Rio Vermelho e por toda a orla da cidade, de Pituba até Itapoã
Afora isso, Salvador com suas magníficas belezas naturais,desenvolveu ainda mais seu potencial turístico,após a construção de novos hoteis.
Embora preocupado com minhas funções na fábrica que se construia, nunca deixei de observar o que poderia ser feito,para se utilizar o potencial empreendedor que essa situação oferecia.
Notei que a grande deficiência da cidade eram os serviços. O atendimento nos bares, restaurantes, hoteis, postos de gasolina eram lentos e o pessoal despreparado.
A contratação de pessoal especializado e o treinamento do existente,seria a solução do problema.
Apesar do grande número de turistas a alimentação nas praias,era deficiente e com pouca higiene, e se resumia a peixes fritos, vendidos em barracas e os típicos acarajés, que desafiavam os estômagos desacostumados dos forateiros.
Bares e barracas com lanches, coxinhas, empadinhas,pães de queijo e outros petiscos, como pastéis, com o desconhecido, na região, caldo de cana, trariam a alegria dos turistas sulinos e encheriam os bolsos de empresários com visão.
Um dos maiores problemas enfrentados eram as tinturarias que simplesmente estragavam os ziperes usando um produto que os emperravam. Lavanderias com métodos de sudeste ou a instalação de máquinas "self service", também solucionariam o problema. Máquinas de lavar preticamente não existiam na cidade, pois a população, mesmo de bom poder aquisitivo se serviam de lavadeiras, para espanto dos novos habitantes da cidade. Eu mesmo, morando num edifício de bom padrão, era o único que possuia máquina de lavar, trazida de São Paulo.
A falta de "rotisseries" também era um tormento para as donas de casa, de outras regiões acostumadas com a oferta de comida de boa qualidade,nos casos de emergência.
Padarias e açougues que ofereciam seus produtos apenas em algumas horas ou em dias alternados, também eram um problema a ser enfrentado.
Aplicar uma injeção, ou pequenos curativos, em Salvador representava uma grande dificuldade, já que nas farmácias esse serviço não era oferecido.
Alguns serviços, como entregas por moto-boy, não existiam e poderiam levar um empresário de visão, pioneiro, alcançar grande sucesso.
Durante minha estada na cidade,que durou poucos anos, foi inalgurada a primeira pizzaria, porém,de qualidade duvidosa.
Um dos maiores congestionamentos já vistos em Salvador, com filas quilométricas deu-se quando
a rede Mac Donalds abriu sua primeira loja na Bahia, o que vem de encontro ao que relatei.
Por razões profissionais tive que retornar a São Paulo, deixando na capital baiana dois funcionários que haviam ido comigo, como meus subordinados, ambos jovens e que nunca tinham saído de nossa cidade.
Algum tempo depois, saíram da empresa e montaram uma companhia de seleção e recrutamento de mão de obra, serviços de limpeza, jardinagem e fornecimento de alimentação. Ambos hoje são grandes empresários, com inúmeras propriedades, pois tiveram o faro empreendedor de preencher um nicho deficiente da cidade, usando esse espírito de observação que procurei demonstrar e tiveram a coragem de enfrentar as dificuldades dos primeiros tempos, que toda atividade, no começo,passa.

Liberdade -a terra do sol nascente

Sou um "gaigin", apaixonado pela cultura oriental. Transferindo-me para a capital em meados do século passado, encantava-me passear pelo bairro da Liberdade e conhecer um pouco da cultura japonesa, já que alí se radicavam a maioria dos nipônicos, moradores em São Paulo. Hoje eles se espandiram por quase toda zona sul.
Na época, três cinemas exibiam filmes produzidos no Japão, para deleite de seus nostálgicos frequentadores, o Joia, na Praça Carlos Gomes, o Niteroi e o Tokio, na Galvão Bueno e imediações.
O tempo foi passando e novas ondas de orientais aportaram em nossa cidade, principalmente, chineses e coreanos, e muitos dos quais instalaram seus restaurantes, lojas, bares, etc, naquela região.
Escolas, centros de cultura, serviços, academias de lutas marciais,várias publicações, etc, completam o quadro de atividades empresariais, mantidos por essas colonias. Muitos templos, das várias religiões de origem oriental foram construídos e hoje, inclusive, são frequentados por muitos brasileiros.
O paulistano convive perfeitamente com essas culturas, havendo uma verdadeira simbiose entre elas, basta ver a quantidade de comidas de origens, orientais, como o sushi, o sukiaki,yokisoba que são encontrados em quaisquer restaurantes, inclusive os populares, por quilo.
As grandes festas típicas foram introduzidas no calendário da cidade, como o Ano Novo Chines, A festa dos bolinhos japoneses do início do ano, o Festival das Estrelas, o Festival das províncias japonesas, etc.
Nesses festivais temos a oportunidade de provar comidas típicas das várias regiões, conhecer a tecnica das dobraduras, do bonsai, hai kai, apreciar danças e musicas, ouvir tambores, apreciar exposições de flores, especialmente orquídeas, admirar a delicada cerimônia do chá e conhecer
os demais aspéctos dessa milenar cultura.
A participação dos orientais na economia de nosso país é enorme, notadamente na agricultura, onde são os responsáveis por grande parte de nossa produção, abastecendo nosso mercado consumidor. Seus filhos estão perfeitamente adaptados em nossa sociedade se destacando nas atividades escolares, políticas e empresariais.
Inclusive a miscigenação com brasileiros oriundo de outras nacionalidades é cada vez mais crescente, mostrando que nesses 100 anos da vinda dos primeiros imigrantes, que a integração é total. Até a personalidade dos jovens se entrosou perfeitamente, pois os outrora contidos e tímidos niseis, hoje são expansivos e comunicativos, como quaisquer brasileiros.
Aprecio em especial o Festival anual da cultura japonesa que se realiza geralmente no Centro de Exposições da Agua Funda, perto da Imigrantes.
Alí, durante dois fins de semana, realizam-se exposições da arte japonesa, danças, músicas, produtos agrícolas, artes plásticas, barracas típicas, etc. Ponto alto é o gastronômico com barracas representando todas as províncias, com suas comidas exóticas, diferentes e principalmente saborosas. Doces e bebidas, como o saquê, completam esse espetáculo para o paladar. Novidades para nossos sabores, como os sorvetes quentes, são delícias para quem os consomem.
Nossa proposta é:
Por que não se aproveitar a estação de Metrô da Liberdade e se motive os empresários a contruirem um Shopping, nos moldes do Santa Cruz ou Tatuapé, mas com características orientais?
Lojas vendendo produtos dessa origem, cinemas exibindo filmes dessa procedência, já que os que existiam foram extintos, lojas de artesanato,de música,quadrinhos, roupas, sapatos, artigos religiosos. Academias de lutas, tai chi chuan, bares com karaokê, um teatro para danças, peças e shows da colônia. Local para cerimônias do chá, Kung fu , bonsais, dobraduras, arte da escrita, apuncultura e da tradicional medicina chinesa, orquídeas, etc.
Na Praça da Alimentação haveria boxes de todas as províncias, tornando permanente a possibilidade dos apreciadores das comidas típicas, usufruirem dessas delícias, durante todo o ano. Seria como um Festival do Japão e demais nações orientais, fixo e tenho certeza com frequencia crescente, não só por parte dos integrantes das colonias, como por todos os paulistanos e turistas, apreciadores da cultura oriental.

terça-feira, 21 de abril de 2009

A França no Brasil

Em pleno abril de 2009 se comemora o evento " A França no Brasil". Intensa programação cultural foi marcada nas principais cidades do País, através de atividades teatrais, plásticas, musicais, literárias, cinematográficas, etc. Nunca a França foi tão propagada em terras tupiniquins. Nada mais lisongeiro para nós brasileiros, que desde os tempos do império reconhecemos o país irmão como o berço da cultura.
Isto me traz á lembrança iniciativa efetuada alguns anos passados, pela Companhia do Metrô, quando sob intensa publicidade, pretendia instalar na estação Paraiso, réplicas de estações dos principais metrôs do mundo.
A primeira a ser instalada, em grande estilo foi a de Paris. Era de um bom gosto extremo e parecia que estávamos na chamada Cidade Luz.
Num grande espaço foi montada a estação, perfeita; parecia que logo chegaria uma composição que podia nos levar aos Champs Elisées, ver o Arco do Triunfo ou assistir a um espetáculo no charmoso Lido.
Ao lado da estação, foram erguidos similares de bares, padaria, livraria,loja, perfumaria, casas e um pequeno palco de teatro.
Aos poucos esse espaço foi se tornando um "point" bastante concorrido, pois os locais funcionavam como verdadeiras áreas de comércio. Na "boulangerie" serviam sanduíches com baguetes que nada ficavam dever ás originais.
Livros e jornais franceses eram encontrados, e a galeria de arte dava um toque de sofisticação ao local.Roupas e perfumes, completavam o ambiente.
No palco, semanalmente apresentavam-se cantores entoando músicas francesas, dançarinos nos evocavam a "belle epoque", e o Can Can, frequentemente era mostrado com todas suas evoluções e sensualismo.
Várias mesas completavam o local que já havia se tornado um ponto de encontro dos paulistanos.
Após mais de um ano de uso e frequencia cada vez mais seletiva e crescente,vimos uma triste notícia de que um show encerraria esse espaço. Em memorável atuação dançarinos e o cantor Gilbert, encerraram as atividades desse pedaço de Paris, em São Paulo.
Como estava previsto e bastante divulgado quando da implantação do projeto, esperávamos que no local fosse instalada a réplica de nova estação, de outra cidade.
Ficamos só na espectativa, pois o projeto foi abandonado, sem maiores explicações.
Foi uma pena e um fato incompreensível, pois perdemos uma área cultural, que poderia inclusive trazer benefícios econômicos á Companhia do Metrô e em seu lugar ficou apenas um frustrante vazio.
Minha proposta é:
Que se reconstrua a charmosa estação de Paris, no Paraiso, com toda sua antiga estrutura.
Que se aproveite a ideia e se faça estações similares em outras estações, de acordo com o histórico de cada região.
Na Liberdade poderiamos ter uma estação Oriental; na Barra Funda-Palmeiras, uma italiana; Na Armênia, uma que lembrasse aquela vigorosa e sofrida nação. Na Tiradentes, teriamos uma que evocasse Portugal, na futura Vila Zelina, os ucranianos, no Brás, uma nordestina; na futura Higienópolis, uma israelense, na Luz, árabe e em outos locais uma espanhola, germânica, inglesa, boliviana, etc. Não seria obrigatório que todas fossem réplicas de estações de metrô, mas sim, espaços que homenageassem essas nações e trouxessem espaços de lazer e entretenimento para a população.
É uma pena que espaços consagrados como a esquecida estação de Paris, no Paraiso sejam relegados a um ostracismo quando poderiam servir ao povo da capital e turistas,
trazendo retorno financeiro numa época que tanto precisamos de empregos e estímulos aos bons empreendimentos.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

trânsito caótico

Feriados, prolongados ou não, são pródigos em estatísticas de vítimas do trânsito e comparações com anos anteriores. Várias são as causas; estradas em péssimas condições, motoristas imprudentes ou inábeis, excesso de veículos e principalmente a ingestão de álcool.
A chamada "Lei Seca" funcionou por pouco tempo e a situação logo voltou ao que era.
A última novidade é a tentativa de proibição de motos circularem entre os carros, naquele zig-zag tão conhecido e perigoso.
Mais de uma vez presenciei acidentes por esse motivo, infelizmente com vítimas fatais.
No mundo todo as grandes metrópolis têm problemas de trânsito. New York, mais precisamente na ilha de Manhatan, tem seu trânsito caótico devido a grande quantidade de taxis, geralmente dirigidos precariamnete por paquistaneses, indús, árabes de várias nacionalidades que se digladiam para conseguirem o chamado pão de cada dia.
Capitais como México City, pela quantidade enorme de veículos, Atenas por seu trânsito desordenado ( como curiosidade, alí os taxis são compartilhados, o que para os turistas causa grande dificuldade para se entender os trajetos com os outros usuários), Pequim ou Beijin onde a quantidade de carros aumenta a cada dia e têm-se que dividir as ruas e avenidas com milhares de ciclistas, Roma com suas ruas estreitas, motoristas que não respeitam regras e businas alucinantes e finalmente as grandes cidades indús, tão em voga atualmente, onde animais caminham livremente entre carros, ônibus e pequenos veículos com tração humana.
Mesmo em cidades menores como Nápoles e Florença os espaços são disputados entre carros, vespas e cidadães, num salve-se quem puder, desenfreado... E durma-se com um barulho desses...
Lembro-me com certa nostalgia de viagem que empreendí nos idos de 1993, pela saudosa empresa de turismo Soletur, partindo de Miami na Flórida até New York, de ônibus, passando por numerosas cidades e cruzando 10 estados.
Nosso competente guia, Roberto, tudo ia relatando pelo caminho, dizendo das excelências do primeiro mundo e nos chamando á atenção para a civilidade e educação do povo, no trânsito,
principalmente nas cidades menores.
Lembro-me especialmente de uma parada em uma cidade turística, chamada Saint Augustine onde nosso guia fez alguns testes, em ruas que não tinham faixas ou sinais. Por apenas os pés nos chamados leitos carroçávei das ruas era suficiente para os veículos pararem e darem a vez para os pedestres atravessarem. Fez o teste várias vezes com idênticos resultados. Incrédulos, ficamos boquiabertos.
Em São Paulo, quanta diferênça...
Por experiência própria e constato isso diariamente.Um dos maiores perigos para o pedestre é atravessar na faixa onde não tem farol. Aprendemos nas auto-escolas que nesses locais o motorista tem que reduzir a velocidade e respeitar os pedestres que tentam atravessar as ruas.Em determinados pontos como na movimentada Praça da Sé, ocorre justamente o contrário e muitos motoristas aceleram, talvez com ânsia de ver pedestres idosos, senhoras e crianças, pularem como cabritos... E isto impunemente...
Outra calamidade é atuação de muitos ciclistas em nosso trânsito, os quais simplesmente ignoram suas leis, entendendo que as mesmas não foram feitas para eles. Sinais não são respeitados, calçadas são usadas livremente, contra-mão é um detalhe etc.
Já presenciei várias atropelamentos causados por ciclistas, principalmente tendo como vítimas pessoas idosas. Eu mesmo há poucos dias quase fui vítima de um desses transportadores de carne, que saindo de um açougue, veio por detrás na calçada, em alta velocidade e por pouco não me atropelou...
Minha proposta é;
Fazer-se uma campanha educacional para que os motoristas respeitem as faixas de segurança, verdadeiras armadilhas. Seu desrespeito é tão grande que recentemente presenciei um carro derrubando um pedestre na faixa, o qual ainda foi criticado por outro transeunte, como se o mesmo fosse culpado e não vítima. Fiscalização e severas multas são o único antídopo para tamanha impunidade.
Sei que são muitos os ciclistas, o lobby é grande, mas deveria haver uma lei para os ciclistas obedecerem as leis de trânsito. Tempos atrás as bicicletas eram controladas por placas e havia punição pelo desrespeito ás leis e os pais deviam são resaponsabilizados pelas infrações dolosas e mesmo culposas de seus filhos menores. Em alguns lugares, atravessar ruas é uma temeridade devido ao risco de sermos atropelados por ciclistas que não respeitam sinais.
Onde a civilidade não chega, somente a autoridade pode amenizar a questão, sob risco de vítimas inocentes continuarem sendo atingidas, em muitos casos os próprios ciclistas.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

considerações sobre o b....

Aquilo que todos fazem, quer sejam ricos ou pobres, famosos ou anônimos pode ser objeto de muitas considerações.
Nas empresas observei algumas nuances que vão desde o anedótico até o incrível.É o caso daquelas que cerceiam a ida de seus empregados, para fazerem suas necessidades estipulando horários fixos e tempos limitados. Outras que estabelecem hierarquias para seu uso, quanto mais graduado o funcionário melhor as instalações oferecidas. Holywood celebrizou esse costume num filme em que cada promoção do empregado era representada pela chave do banheiro que lhe era oferecida...
Conheci uma fábrica que tinha o banheiro como fator cultural visando a atualização e aquisição de maiores conhecimentos por seus empregados, dotando suas instalações de escaninhos onde eram depositados jornais e revistas. Podia ser uma ideia inovadora, mas do ponto de vista higiênico...
Numa outra presenciei algumas vezes, ao fazer horas extras um segurança que após o expediente se servia do banheiro feminino para fazer seu uso. Não sei se o elemento tinha algum fetiche ou algum complexo enrustido. Quando interpelado alegava que o sanitário feminino era mais limpo. Sei não...
Com relação ao asseio dos usuários notei que muitas vezes, a falta dele, não é exclusividade de pessoas humildes e sem cultura. Já testemunhei diretores de empresa e pessoas de nível superior que não costumar lavar suas mãos, após usar aquelas instalações. Que vergonha.
Num restaurante que costumava frequentar, flaguei o gerente, um senhor alto, magro, usando suspensários e que no salão tinha a postura de um lord inglês saindo direto do sanitário para o salão de refeições, sem passar pelo lavatório. Necessário dizer que nunca mais comparací áquele restaurante. Se a direção era assim, imagine a cozinha...
Em minhas viagens pelo mundo constatei também algumas curiosidades que passo a relatar. Em alguns países do chamado primeiro mundo deparei com sanitários que eram verdadeiros monumentos de luxo e asseio. O interessante é que em muitos países europeus, fazendo sa necessidades, nos deparamos com moças e senhoras ao lado fazendo a limpeza, para nosso constrangimento e espanto e naturalidade das mesmas.
No Japão notei que nos sanitários não são afixados papeis. É costume nas ruas de Tóquio recebermos lenços oferecidos por propagandistas os quais devem ser levados aos respectivos sanitários.
Viajando pelo interior da Turquia ter que usar os sanitários, para nós ocidentais era uma tragédia.
Além do costume daquelas latrinas turcas, no nível do chão, em nenhum havia papéis. ..
Numa emocionante passeio em Pompéia, aquela cidade que no iníco da era era cristã, foi sepultada pelas cinzas incandecentes do vulcçao Vesúvio conheci uma casa de banhos tão populares entre os patrícios, que passavam muitas horas do dia alí comendo, bebendo e se satisfazendo sexualmento com belas jovens e jovens rapazes. O interessante que para não perderem tempo se serviam de uma espécie de banco comprido, com vários orifícios, embaixo das quais corria água, onde os dejetos era depositados...
Numa cervejaria da Alemanha, no balcão, havia várias cadeiras como qualquer bar normal. Ocorre que abaixo das mesmas também existe um canal, com água corrente para uso dos usuários, que assim não necessitam para de beber sua preciosa cerveja para se deslocar ao banheiro...
O maior sanitário do mundo, muito limpo e bem conservado, conhecí na China, logo na saída da Cidade Proibida e perto da também imensa, Praça da Luz Celestial. São centenas de latrinas, para uso da maior população do mundo...
Em São Paulo, infelizmente temos na ausência de sanitários públicos, um dos maiores problemas das cidade, o qual desafia todas as adminstrações que passam no comando da cidade.
Assim, principalmente á noite, as ruas e becos da cidade se tranformam em sanitários a céu aberto, acarretando mau cheiro, doenças e principalmente problemas e vergonha para a cidade.
Quantas vezes nos deparamos com pais constrangidos orientando seus filhos a fazerem suas necessidades em postes e mesmos adultos tendo que adotar semelhante postura.
Quando me transferí do interior para a capital, havia dois sanitários públicos na cidade. Um na passagem da antiga Praça Clovis Bevilaqua para a Sé e outro na Prala da República. Já eram sujos, fedidos e frequentados por homosexuais. Hoje infelizmente, para nossa vergonha a situação não mudou e a população cresceuertiginosamente tem que se servir de shoppings, lanchonetes e algumas estações do metrô, locais que nem sempre estão disponíveis ou abertos.
Minha proposta.
- Abrir concorrência ao setor privado para a instalação e exploração de sanitários limpos e higiênicos, dotados de locais para banhos e instalações para mendigos e pedintes.
- Criar lei obrigando a bancos, super-mercados, Igrejas e outros locais públicos a dotarem suas instalações de sanitários para uso de seus usuários. Existem algumas exceções, mas a maioria hoje não dispõe dessas benfeitorias.
Tenho certeza de que com essas medidas São Paulo, e a maioria das cidades do País serão mais civilizadas e dignas de postular eventos internacionais como Copas dop Mundo e mesmo Olimpíadas...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

o melhor amigo

Leio na Revista da Folha de 15 de Março de 2009, na seção, "Bichos", interessante artigo assinado por Daya Lima, denominado " Um lugar para chamar de seu". O artigo aborda nova tendência dos condomínios de dotar uma área para nossos fieis amigos terem um lugar exclusivo, para seus passeios, os chamados " cachorródomos", ou "dog spa""dog walk"ou "pet care".
Há bastante tempo temos os cães ( ou gatos) como importantes consumidores e isto é evidenciado pelo grande número de "pet shops" que encontramos em todos os cantos, mostrando que esse negócio é imune a crises. Não conheço nenhum super-mercado ou mesmo shopping que não tenha uma seção reservada a artigos caninos, quer sejam, alimentares, vestuário, de laser, etc. Livros tratando de animais inesquecíveis, abundam nas paradas literárias, que Marley não me desminta. Em criança, " O cachorrinho Samba", da Sra. Leandro Dupré, muito emocionou a mim e minha família e logo tivemos um Samba alegrando nossa casa. Quando mudamos para a capital, Samba veio conosco, como parte integrante da família.
Vejo que a preocupação com o bem estar do amigo de quatro patas pelo mundo, é geral. Uma das primeiras medidas dos presidentes americanos ao assumirem a Casa Branca é arranjarem um primeiro cão, se já não possuam um.
O cão inclusive, serve de apoio para a diminuição do desemprego, não fossem o grande número de empregados dos pet shops, desde de lavadores, cuidadores, treinadores e até os de nível superior como veterinários e psicólogos.Surgem novas profissões como as de acompanhantes de cachorros para seus passeios. A primeira vez que me deparei com eles foi no Bairro da Recoleta, em Buenos Aires, quando rapazes e moças andavam pelos parques levando uma verdadeira matilha de alegres cães, puxados por por cordinhas especiais.
Pouco tempo depois, a protagonista de uma novela da Globo foi agraciada por idêntica profissão e hoje é comum encontramos em nossos parques e ruas, ruidosos especímes caninos fazendo suas caminhadas, para manterem a forma, muitas orgulhosos de suas posições, de verdadeiros patrões, já que os puxadores são seus subordinados.
O que não dizer dos países em que os cães ocupam lugar previlegiado na escala social. Em pleno Champs Elisées, jantando em mesa na calçada de um charmoso restaurante, perto do Arco do Triunfo, ví vários "chiens" junto ás mesas, acompanhando seus donos em suas refeições. Ou então visitando Santiago de Compostela, mística cidade da Galícia, almoçamos num restaurante ao ar livre, e ao nosso lado num cercado especial, vários cães civilizadamente aguardavam o término das refeições, para então continuarem seus passeios.
Em Buenos Aires e Paris, em minhas andanças por essas metrópoles, várias vezes, me deparei com bem cuidados cemitérios desses animais, numa clara demonstração de respeito desses povos, para os companheiros que tanta alegria trouxeram para muitas vidas, mitigando solidões, alegrando crianças, guardando propriedades ou simplesmente existindo. Dar um lugar de descanso, tranquilo para aqueles que foram companheiros solidários e fiéis, ás vezes por até duas décadas, nada mais é que uma questão de justiça e reconhecimento por aquele que tudo nos deu. Quando chegamos em casa após um fatigante e aborrecido dia, quem é que nos recebe com demonstrações até exageradas de júbilo, que nos faz até esquecermos das agruras do dia- a- dia?
Isto sem falarmos nos chamados cães de utilidade pública, que são aqueles que são treinados pela polícia para os auxiliarem em suas atividades, e os que são especializados em procurar por seu olfato apurado, vítimas de terremoto ou soterramentos, e os que auxiliam as autoridades em aeroportos e portos na localização de drogas? Ou ainda aqueles que nos comovem quando os vemos guiando pessoas deficientes da visão pelas ruas e mesmo quando obedientemente se sentam num canto do vagão do metrô, acompanhando seu dono, esperando-o com seu olhar dócil o momento da saída?
Até mendigos, catadores de papel ou outros infelizes têm nos cães suas únicas companhias que os faz lembrá-los que são seres humanos.
Sabemos que os cães de rua, sem donos, são perseguidos e algumas raças são consideradas perigosas, pois são muitos os casos de ataques desses animais. Os cães, porém, são inocentes, culpados são os seres humanos que muitas vezes, os abandonam, não os treinam ou não seguem as legislações que obrigam esses cães portarem focinheiras e outras proteções.
Havia em São Paulo há cerca de 50 anos, quando a cidade tinha uma população bem mais acanhada, um charmoso cemitério para cães e gatos, junto a uma das alamedas do Parque do Ibirapuera. Um prefeito da época, que chegou a ser presidente, que gostava de tomar medidas
chamativas, mandou demolí-lo e conseguiu instituir uma lei que proíbe cemitérios de animais, no município da capital. Mais tarde, já cosmopolita e viajando pelo mundo gostava de introduzir coisas que viu e achava bonito em nossa cidade. Foi assim que São Paulo por uns tempos teve os ônibus de dois andares, típicos de Londres e simpáticas lojinhas de venda de flores em algumas praças da cidade. Infelizmente, os cemitérios para cães e gatos foram até o momento banidos.
Isto acarreta um problema para alguns como eu, que ama seus bichinhos e vê que na sua falta, os mesmos, não terão um lugar de repouso digno do que fizeram quando aqui viveram.
Entregar para os pet shops os levarem para incineração, enterrá-los em quintais ou sítios, simplesmente jogá-los no lixo ou pecado dos pecados, poluindo rios, são soluções despresíveis e indignas, se lembrarmos de toda alegria, que eles nos proporcionaram.
Alguns empresários com alguma visão, criaram cemitérios de cães e gatos em municípios vizinhos, como Caucaia do Oeste e São Bernardo, mas são caros, pouco divulgados e fora de mão, para visitas.
Minha proposição é que nossos políticos façam um projeto restituindo aquilo que é trivial em outros países, a possibilidade de implantação de cemitérios de animais na capital, o que pode ser feito pela inicitiva privada. Em alguns casos esses cemitérios podem ser construídos estilo edifícios, como o existente para humanos em Porto Alegre, o qual inclusive fazia parte do roteiro turístico da cidade.Pode-se estudar a possibilidade de se cremar ou até embalsalmar os animais ou ter uma sala especial para exibir videos, desses animais, em vida.
Numa ideia mais arrojada, poder-se-ia permitir o sepultamento desses animais de estimação, nesses cemitérios jardim, em locais especiais,no jazigo de seus donos, bem como suas cinzas. Em alguns bairros como Higienópolis, os cães gozam de alguns privilégios e até frequentam shoppings.
Que tal dotar alguns restaurantes, super-mercados, shoppings, etc,por toda a cidade, de locais para cães enquanto seus donos fazem suas compras?
Acredito que muita gente agradecerá e a cidade ganhará mais empregos, artigos tão em falta nos bicudos dias atuais.