terça-feira, 21 de abril de 2009

A França no Brasil

Em pleno abril de 2009 se comemora o evento " A França no Brasil". Intensa programação cultural foi marcada nas principais cidades do País, através de atividades teatrais, plásticas, musicais, literárias, cinematográficas, etc. Nunca a França foi tão propagada em terras tupiniquins. Nada mais lisongeiro para nós brasileiros, que desde os tempos do império reconhecemos o país irmão como o berço da cultura.
Isto me traz á lembrança iniciativa efetuada alguns anos passados, pela Companhia do Metrô, quando sob intensa publicidade, pretendia instalar na estação Paraiso, réplicas de estações dos principais metrôs do mundo.
A primeira a ser instalada, em grande estilo foi a de Paris. Era de um bom gosto extremo e parecia que estávamos na chamada Cidade Luz.
Num grande espaço foi montada a estação, perfeita; parecia que logo chegaria uma composição que podia nos levar aos Champs Elisées, ver o Arco do Triunfo ou assistir a um espetáculo no charmoso Lido.
Ao lado da estação, foram erguidos similares de bares, padaria, livraria,loja, perfumaria, casas e um pequeno palco de teatro.
Aos poucos esse espaço foi se tornando um "point" bastante concorrido, pois os locais funcionavam como verdadeiras áreas de comércio. Na "boulangerie" serviam sanduíches com baguetes que nada ficavam dever ás originais.
Livros e jornais franceses eram encontrados, e a galeria de arte dava um toque de sofisticação ao local.Roupas e perfumes, completavam o ambiente.
No palco, semanalmente apresentavam-se cantores entoando músicas francesas, dançarinos nos evocavam a "belle epoque", e o Can Can, frequentemente era mostrado com todas suas evoluções e sensualismo.
Várias mesas completavam o local que já havia se tornado um ponto de encontro dos paulistanos.
Após mais de um ano de uso e frequencia cada vez mais seletiva e crescente,vimos uma triste notícia de que um show encerraria esse espaço. Em memorável atuação dançarinos e o cantor Gilbert, encerraram as atividades desse pedaço de Paris, em São Paulo.
Como estava previsto e bastante divulgado quando da implantação do projeto, esperávamos que no local fosse instalada a réplica de nova estação, de outra cidade.
Ficamos só na espectativa, pois o projeto foi abandonado, sem maiores explicações.
Foi uma pena e um fato incompreensível, pois perdemos uma área cultural, que poderia inclusive trazer benefícios econômicos á Companhia do Metrô e em seu lugar ficou apenas um frustrante vazio.
Minha proposta é:
Que se reconstrua a charmosa estação de Paris, no Paraiso, com toda sua antiga estrutura.
Que se aproveite a ideia e se faça estações similares em outras estações, de acordo com o histórico de cada região.
Na Liberdade poderiamos ter uma estação Oriental; na Barra Funda-Palmeiras, uma italiana; Na Armênia, uma que lembrasse aquela vigorosa e sofrida nação. Na Tiradentes, teriamos uma que evocasse Portugal, na futura Vila Zelina, os ucranianos, no Brás, uma nordestina; na futura Higienópolis, uma israelense, na Luz, árabe e em outos locais uma espanhola, germânica, inglesa, boliviana, etc. Não seria obrigatório que todas fossem réplicas de estações de metrô, mas sim, espaços que homenageassem essas nações e trouxessem espaços de lazer e entretenimento para a população.
É uma pena que espaços consagrados como a esquecida estação de Paris, no Paraiso sejam relegados a um ostracismo quando poderiam servir ao povo da capital e turistas,
trazendo retorno financeiro numa época que tanto precisamos de empregos e estímulos aos bons empreendimentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário