quinta-feira, 23 de abril de 2009

Os donos da terra

Não sou daqueles que nunca dão esmolas baseado no argumento que geralmente os pedintes são malandros, que não se deve dar o peixe e sim ensinar a pescar ou de olhar pelos menos favorecidos é única e exclusiva responsabilidade dos Estado.Pela minha própria experiência pessoal, em minha carreira carreira profissional, já tive altos e baixos sendo que por diversas ocasiões, por várias razões me ví desempregado. Apesar de possuir vários diplomas de nível universitário, conhecer idiomas, informática e conhecimento em muitas áreas e ter o apoio de familiares e amigos, algumas vezes levei meses para me incluir no mercado de trabalho. O que dizer desses infelizes, sem instrução, moradia, alimentação adequada para quem as dificuldades ultrapassam o imginável?Lógico que não sou nenhum ingênuo e sei que existem muitos desqualificados que abusam da bondade alheia e procuram mentir, iludir e ludibriar a boa fé alheia.É o caso daquele cidadão argentino,alto, forte com o qual já me deparei algumas vezes e sempre vem com a mesma pergunta: "hablas espanõl?" e começa com o rosário de lamentações dizendo que está desempregado, que a situação em seu país está desesperadora, que poderia roubar ou assaltar, mas prefere pedir, etc,etc.Ou daquela senhora das escadarias do metrô, dizendo que está com cancer e voltando de atendimendo no Hospital São Paulo, com fome e sem dinheiro para retornar á sua cidade no interior. Pede então dinheiro para comer e completar a passagem.Ou aquele velhinho que faz ponto na Avenida Paulista, defronte ao Center Três, trazendo em mãos velha receita médica epedindo aos transeuntes dinheiro para aviar a receita. Vejo-o diariamente há anos e gostaria de ver sua reação se algum passante condoído lhe pede a receita e se prontifica a comprar os medicamentos na Drogaria São Paulo, do outro lado da avenida...De minha parte porém, esmola certa é pra as indiazinhas que geralmente acompanhadas de várias crianças pequenas, fazem ponto em várias esquinas do centro, sujeitas ás várias situações e intempéries.Nunca vejo os índios seus maridos, os quais na certa, ficam em suas casas humilhados por suas situações servís e buscando consolo na bebida.Na verdade são eles, os índios os verdadeiros donos de nossa terra e é de cortar o coração vê-los nessa degradante condição.Foram eles que por milênios habitaram nossas terras, vindos para cá em ép0cas arcaicas, cuja origem é fonte de celeuma entre os estudiosos. São descendentes de asiáticos, nômades de entraram nas Américas pelo Polo Norte, a procura de maior fartura de caça e pesca? Vieram na época em que as terras ainda eram ligadas antes das formações dos atuais continentes?O fato é moravam nas Américas muito antes dos grande descobrimentos e eram senhores absolutos dos territorios.Espanhóis, portugueses, ingleses, holandeses, franceses aqui os encontraram em variados estágios de cilvilização.Logo a ganância dos conquistadores ávidos de riquezas fáceis os dominaram, escravizaram, seviciaram suas mulheres, pilharam suas riquezas, enfraqueceram sua raça através de doenças por eles desconhecidas e introduzindo o hábito da bebida.Em nosso país os índios ocupavam nosso território em tribos que se fixavam no litoral e outras nas florestas do interior. Podiam ser nômades ou estabelecidos em regiões.Viviam da caça, da pesca, de frutos colhidos nas dadivosas árvores e da inciíente agricultura de subsistência. Tinham suas crenças, costumes e hierarquia. Eram chefiados por caciques e tratados em seus males de corpo e espírito por pagés que conheciam o segredo das plantas e ervas. Eram vaidosos, se enfeitavam, pintavam mas desconheciam a malicia e não tinham vergonha de seus corpos. Os fixos na terra viviam em ocas, que reunidas formavam as tabas.Esses indios orgulhosos de sua raça e origem foram glorificados poe escritores chamados indianistas sendo seu maior expoente, José de Alencar, que sublimou a figura do indígena em obras como: " O Guaraní", "Ubirajara", "Iracema, a virgem dos lábios de mel", etc. Nosso músico maior, Carlos Gomes, imortalizou-os na formosa ópera, " O Guaraní", em cuja estréia no famoso Teatro Sala de Milão, encantou os europeus.Ocorre que o branco insidioso promoveu um verdadeiro genocídio, matando os indigenas com suas doenças, escravizando-os e introduzindo-os no hábito do consumo da aguardente.A etapa final foi o roubo de suas terras, a destruição dasflorestas, a poluição dos rios, culminando com a destruição de sua cultura, já que o indio subjugado foi obrigado a esquecer sua língua, suas crenças e costumes.É posisso que hoje nos deparamos com as indiazinhas, verdaeiras párias da sociedade, obrigadas a esmolares nas ruas para poderam alimentar precariamente seus filhos.Embora não conheça, tenho conhecimento da existência de uma derradeira aldeia indígina, no bairro de Parelheiros, periféria da capital.Embora reconheça ser utópica, munha sugestão é a seguinte. Está o governo federal apregoando a construção de um milhão de casas para a população carente do país.Por que não se aliar o Poder Público e a iniciativa privada no sentido de resgatar nossa responsablidade e culpa para com nossos irmãos silvícolas? sabemos que a iniciativa privada é capaz de grandes obras como foi o caso do preservação da Língua Portuguesa, na região da Luz, mais precisamente na antiga estação férrea. Centenas de estudantes e povo em geral a visitam diariamente e é um orgulho de nossa cidade. É o caso tabém do Memorial da America Latina, constrída pelo governo de São Paulo, visitada por um grande número de munícipes e turistas.A proposta é urbanizar a ladeira dos índios, dotando-a de saneamento básico, a construção de casas em forma de obra, com as benfeitorias necessárias, a formação de um grande lago, piscoso,um amabulatorio bem montado para uso dos residentes e indios vindos de outras partes e a construção de alojamentos, higiênicos e confortavéis para os visitantes. Uma escola em que os indígenas aprenderiam suas línguas, preservariam seus costumes e aprenderiam também matérias hoje necessárias para a sobrevivência, bem como o ensino da informática.Umgrande centro cultural para estudo da língua e costumes e uma biblioteca para preservação do conheciento através de livros, gravações, obras de arte, etc. Um centro de artesanato para que os índios exerçam suas habilidades e pontos de venda para distribuição das produções.Uma cozinha comunitária para a confecção de alimentos típicos, fabricação de farinhas, bebidas e doces da cultura indígena. Um restaurante para os visitantes poderem usufruir da comida e uma horta comunitária para a plantação de milho, mandioca, cará e outros vegetais da cultura.Um centro de esportes onde os índios possam exercer suas lutas, danças e rituais e um teatro para serem encenadas peças, cânticos e rituais. Play grounds completariam o local.Cernado a aldeia a formação de uma floresta nos moldes da existstente á época da descoberta e um mini zoológico com espécimes de animais com os quais os índios conviviam.Os própros indios poderia exercer as funções administrativas, artísticas, culturais, etc, sendo supervisionados por especialistas.A parte econômica da aldeia seria coberta com a corança de ingresso dos visitantes, por patrocínios, venda de artesanato, comidas,videos, CDs, direitos, etc.Acredito que com a criação de um local assim, preservariamos a identidade dos índios, sua dignidade e diminuiramos nossa culpa pelos erros de nossos antepassados.

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