segunda-feira, 20 de abril de 2009

trânsito caótico

Feriados, prolongados ou não, são pródigos em estatísticas de vítimas do trânsito e comparações com anos anteriores. Várias são as causas; estradas em péssimas condições, motoristas imprudentes ou inábeis, excesso de veículos e principalmente a ingestão de álcool.
A chamada "Lei Seca" funcionou por pouco tempo e a situação logo voltou ao que era.
A última novidade é a tentativa de proibição de motos circularem entre os carros, naquele zig-zag tão conhecido e perigoso.
Mais de uma vez presenciei acidentes por esse motivo, infelizmente com vítimas fatais.
No mundo todo as grandes metrópolis têm problemas de trânsito. New York, mais precisamente na ilha de Manhatan, tem seu trânsito caótico devido a grande quantidade de taxis, geralmente dirigidos precariamnete por paquistaneses, indús, árabes de várias nacionalidades que se digladiam para conseguirem o chamado pão de cada dia.
Capitais como México City, pela quantidade enorme de veículos, Atenas por seu trânsito desordenado ( como curiosidade, alí os taxis são compartilhados, o que para os turistas causa grande dificuldade para se entender os trajetos com os outros usuários), Pequim ou Beijin onde a quantidade de carros aumenta a cada dia e têm-se que dividir as ruas e avenidas com milhares de ciclistas, Roma com suas ruas estreitas, motoristas que não respeitam regras e businas alucinantes e finalmente as grandes cidades indús, tão em voga atualmente, onde animais caminham livremente entre carros, ônibus e pequenos veículos com tração humana.
Mesmo em cidades menores como Nápoles e Florença os espaços são disputados entre carros, vespas e cidadães, num salve-se quem puder, desenfreado... E durma-se com um barulho desses...
Lembro-me com certa nostalgia de viagem que empreendí nos idos de 1993, pela saudosa empresa de turismo Soletur, partindo de Miami na Flórida até New York, de ônibus, passando por numerosas cidades e cruzando 10 estados.
Nosso competente guia, Roberto, tudo ia relatando pelo caminho, dizendo das excelências do primeiro mundo e nos chamando á atenção para a civilidade e educação do povo, no trânsito,
principalmente nas cidades menores.
Lembro-me especialmente de uma parada em uma cidade turística, chamada Saint Augustine onde nosso guia fez alguns testes, em ruas que não tinham faixas ou sinais. Por apenas os pés nos chamados leitos carroçávei das ruas era suficiente para os veículos pararem e darem a vez para os pedestres atravessarem. Fez o teste várias vezes com idênticos resultados. Incrédulos, ficamos boquiabertos.
Em São Paulo, quanta diferênça...
Por experiência própria e constato isso diariamente.Um dos maiores perigos para o pedestre é atravessar na faixa onde não tem farol. Aprendemos nas auto-escolas que nesses locais o motorista tem que reduzir a velocidade e respeitar os pedestres que tentam atravessar as ruas.Em determinados pontos como na movimentada Praça da Sé, ocorre justamente o contrário e muitos motoristas aceleram, talvez com ânsia de ver pedestres idosos, senhoras e crianças, pularem como cabritos... E isto impunemente...
Outra calamidade é atuação de muitos ciclistas em nosso trânsito, os quais simplesmente ignoram suas leis, entendendo que as mesmas não foram feitas para eles. Sinais não são respeitados, calçadas são usadas livremente, contra-mão é um detalhe etc.
Já presenciei várias atropelamentos causados por ciclistas, principalmente tendo como vítimas pessoas idosas. Eu mesmo há poucos dias quase fui vítima de um desses transportadores de carne, que saindo de um açougue, veio por detrás na calçada, em alta velocidade e por pouco não me atropelou...
Minha proposta é;
Fazer-se uma campanha educacional para que os motoristas respeitem as faixas de segurança, verdadeiras armadilhas. Seu desrespeito é tão grande que recentemente presenciei um carro derrubando um pedestre na faixa, o qual ainda foi criticado por outro transeunte, como se o mesmo fosse culpado e não vítima. Fiscalização e severas multas são o único antídopo para tamanha impunidade.
Sei que são muitos os ciclistas, o lobby é grande, mas deveria haver uma lei para os ciclistas obedecerem as leis de trânsito. Tempos atrás as bicicletas eram controladas por placas e havia punição pelo desrespeito ás leis e os pais deviam são resaponsabilizados pelas infrações dolosas e mesmo culposas de seus filhos menores. Em alguns lugares, atravessar ruas é uma temeridade devido ao risco de sermos atropelados por ciclistas que não respeitam sinais.
Onde a civilidade não chega, somente a autoridade pode amenizar a questão, sob risco de vítimas inocentes continuarem sendo atingidas, em muitos casos os próprios ciclistas.

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